Nerdices

Chorão

Esses dias fiz uma releitura da minha vida, sabe quando você gosta daquela serie e relembra passagens marcantes, ou até mesmo revisita o capítulo mais emocionante do seu livro preferido, então, foi parecido com isso!

Ao recarregar passagens da vida, descobri algo que para mim tornou-se  chocante. Eu sou absurdamente emotivo, ou falando o português claro: CHORO PRA CARALHO.

Chorei no meu casamento, choro quando vejo um cachorro de rua maltratado. Chorava muito assistindo Caldeirão do Huck, por isso me recuso a ligar a TV aos sábados. The Voice Kids então, tenho até vergonha de comentar. Devo chorar ouvindo até música russa lenta, só por ser lenta, porque não sei falar russo.

Aqui vão alguns filmes que me fizeram chorar:

Meu Primeiro Amor – 1991

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Um clássico da sessão da tarde. Conhecemos os anseios, confusões e decepções de Vada, uma garota de 11 anos que é fissurada pela morte. Sua mãe já se foi e seu pai, é um agente funerário. Seu melhor amigo Thomas (Macaulay Culkin) sofre de um mal: ser alérgico a tudo. Seu pai, que não lhe dá a devida atenção, apaixona-se pela maquiadora de funerais, e a partir daí ela faz de tudo para tentar separá-los.

O filme consegue ser tão simplista e lindo, que nos entrelaça com a história até chegar aquele triste final. Nessa hora eu achei que fosse morrer de tanto chorar. Dica: Passe longe da sequência.

Armageddon – 1998

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Aqui está o filme mais clichê de todos, mesmo assim emocionante. Após uma chuva de pequenos meteoros que atingem a Terra, a NASA treina e envia uma equipe de perfuradores de petróleo para a superfície do asteroide e colocar em seu interior uma carga nuclear capaz de explodi-lo, (não seria mais fácil fazer ao contrário, treinar astronautas a serem perfuradores?)

O momento em que percebemos que a mocinha irá perder seu pai ou o homem amado é, definitivamente, uma montanha-russa de sentimentos.

À Espera de um Milagre -1999

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Ambientado em 1935, no corredor da morte de uma prisão o filme conta a história entre o chefe de guarda (Tom Hanks) com um de seus prisioneiros (Michael Clarke Duncan). Aos poucos, desenvolve-se entre eles uma relação ímpar, baseada na descoberta de que o prisioneiro possui um dom mágico e milagroso.

Recebeu 4 indicações ao Oscar: Melhor Filme, Melhor Ator Coadjuvante (Michael Clarke Duncan), Melhor Som e Melhor Roteiro Adaptado. No final do filme eu não sabia quem chorava mais, eu, o guarda ou o prisioneiro.

Menina de Ouro – 2004

CLINT EASTWOOD as Frankie and HILARY SWANK as Maggie in Warner Bros. Pictures’ drama “Million Dollar Baby.” The Malpaso production also stars Morgan Freeman. PHOTOGRAPHS TO BE USED SOLELY FOR ADVERTISING, PROMOTION, PUBLICITY OR REVIEWS OF THIS SPECIFIC MOTION PICTURE AND TO REMAIN THE PROPERTY OF THE STUDIO. NOT FOR SALE OR REDISTRIBUTION.

Maggie Fitzgerald (Hilary Swank), uma jovem que possui um dom ainda não trabalhado para lutar boxe. Ela quer que Frankie Clint Eastwood) a treine, mas ele não aceita treinar mulheres e, além do mais, acredita que ela esteja velha demais para iniciar uma carreira no boxe. Apesar da negativa de Frankie, ela decide treinar diariamente no ginásio. A excelente direção de Eastwood e a interpretação firme e digna de indicação ao Oscar de Hilary Swank transformam o longa-metragem em uma jornada, mesmo sendo a mais triste que você já assistiu.

Aqui está um filme que ao meu ver foi feito com um único propósito, fazer você chorar, chorar muito, muito mesmo.

Há pouco tempo eu estava parado no semáforo, e fiquei prestando atenção em um senhor, de mais ou menos uns 80 anos de barba e cabelos tão brancos, que me fazia lembrar o Gandalf o Brando, que ressurge em O Senhor dos Anéis – As Duas Torres, depois que todos achavam que ele tinha perecido em sua luta contra o monstro Balrog. Ele vendia bala e amendoim no trânsito, e durante os cinquenta segundos em que fiquei parado, a imaginação me levou a arriscar o motivo que tenha levado o simpático octogenário àquela condição. Mais uma vez me via aos prantos, mas ele não estava triste ou frustrado com situação.

Sendo assim um chorão, cheguei à seguinte conclusão: Nossa vida pode ser tão dramática quanto à película mais emotiva, ou uma aventura como aqueles “roads movies”, que Hollywood adora nos presentear.

Vamos viver a vida como um lindo longaaaaaaaaaaa-metragem, afinal hoje pode acontecer tudo, inclusive nada!!!

Alexandre Mori

Alexandre Mori é jornalista, nerd, batmaniaco, jogador amador de vídeo game, colecionador de action figures, forrozeiro, dj e ama sua esposa acima de tudo.