Críticas

Crítica | Black Mirror: Bandersnatch

A Netflix surpreendeu mais uma vez e fez com que o seu carro chefe, que não era tão “carro chefe”, se tornasse a principal aposta da empresa!

A série Black Mirror, inovou e trouxe algo revolucionário, no episódio Black Mirror: Bandersnatch.

Bandersnatch é o primeiro filme interativo com uma tecnologia que faz mais uma vez ela se tornar vanguardista e trazer brilho aos nossos olhos. Durante o filme todo você toma as decisões pelo personagem; algo nunca visto antes na plataforma.

Imagine que você está controlando a decisão e a vida de outra pessoa, as suas escolhas fazem com que os caminhos mudem e faça a total diferença… Mas na verdade, isso é o que ele faz com que você pense.

se você acredita que tem mais de um final e a vida é cheia de decisões e caminhos clique aqui e veja todos os finais e caminhos que podem tomar para chegar ao final. Se não quer spoiler continue lendo esse conteúdo.

Vendo o filme e interagindo com ele e em cada caminho que eu escolhia, tanto para chegar ao final ou voltar para que ele me persuadisse a escolher o caminho para determinado final, fez-me lembrar da minha época jogando o game Silent Hill de 1999, em que você tinha que fazer algumas coisas no game para ter vários finais diferentes.

O filme trabalha bem essa premissa de que você está no controle de tudo, dando a possibilidade de fazer pequenas escolhas que não mudam nada o caminho do personagem ou grandes escolhas que fazem com que você mude totalmente o caminho e o final do personagem.

A ambientação do filme e cenários são algo que encantam. Fazem com que você entre em uma imersão profunda aos anos 80. Stefan Butler (Fionn Whitehead (Dunkirk)), tem uma angustia e uma insegurança que te faz acredita muito nele (claro ele é ator e o papel dele é fazer com que a gente acredite nele), mas não é só ele quem se destaca, todos os personagens tem relevância na trama. O seu pai Peter (Craig Parkinson), a terapeuta Dra. R. Haynes (Alice Howe), o amigo de empresa e desenvolvedor Colin Ritman (Will Poulter).

Além das pequenas e das grandes escolhas que você tem que tomar, existem alguns finais em que você precisa lembrar de algumas coisas que se passou durante o filme, como por exemplo: o telefone de algo ou alguém para você ligar, ou na hora de abrir alguma coisa, caso faça a escolha errada do código, terá um tipo de final. Pense que além de interativo ele se torna o primeiro Filme Game da historia da Netflix.

Vale lembrar que já tivemos algo parecido aqui no Brasil como o Você Decide. Alguns dos internautas brincaram com isso, confira o post que selecionei:


A trilha sonora é bem empolgante, ao mesmo tempo que ela faz parte, também, das decisões que você precisa tomar no filme. Uma escolha de uma trilha para começar o seu dia poderá fazer toda a diferença e até o diálogo que vai acontecer na cena.

A fotografia não foge do contexto e traz para o telespectador algo forte e ao mesmo tempo psicodélico, em alguns momentos em que é preciso ter essa analogia e representatividade.

A ideia do filme é algo que faz todos nós imaginarmos que estamos em controle de tudo e uma das passagens do filme é: “Colin fala pro Stefan: você tem a sensação de livre-arbítrio, mas é apenas uma ilusão e o criador te leva sempre pra onde ele quer que você vá”.

A chave para fazer com que esse filme se torne o principal destaque é a interação e forma de mostrar a narrativa dos acontecimentos. Além de que ele pode fazer você achar que está escolhendo os finais e a cada caminho que vai tomando a cena é feita diferente, trazendo elementos ou situações que você fez anteriormente.

Se ainda não viu o filme e interagiu com ele, peço que o faça! E, se puder ver ele em um console, vai ser uma sessão bem diferente. Eu assisti ele no PS3 e ele tem uma abertura explicando e pedindo para você sempre ficar com controle na mão (claro que não precisa) e o filme, na primeira vez que vi, passei mais de duas horas tentando todos os finais, indo e voltando para ter a sensação de profundidade e de imersão que ele tem.

Espero que vocês tenham gostado da minha crítica ou explicação do filme, quis trazer um pouco a minha visão e demonstrar o que ele representa e nos traz no fim.

Para vocês todos um feliz ano novo e que a força esteja com vocês!

Black Mirror: Bandersnatch (EUA, 28 de dezembro de 2018)
Direção: David Slade
Roteiro: Charlie Brooker
Elenco: Asim Chaudhry, Alice Lowe, Craig Parkinson, Will Poulter, Fionn Whitehead, Tallulah Haddon, Catriona Knox, Jonathan Aris, Paul Bradley, Alan Asaad, Suzanne Burden, Jeff Minter
Duração: 90 min (acredite se quiser!)

Nerd Tatuado

Faustino Neto- O Nerd Tatuado Editor geral, editor de vídeo, fundador Ocupação: Empresário, blogueiro , youtuber, social mídia, fotógrafo, colecionador. Base de operações: Arapiraca/Alagoas Ações Nerd: Livros, Games, RPG, HQ, cinema, STAR WARS, colecionáveis, fotos , tatuagem, Simpsons, breanking bad, Game of thrones e outras series Poderes mutantes: Ter lag quando estou conversando Viaja sem sair do lugar