Crítica | House of Cards 6ª Temporada!
Após o escândalo das acusações de abuso sexual envolvendo Kevin Spacey, House of Cards beirou seu cancelamento sem um final definitivo!
A confirmação de sua última temporada sem Frank Underwood foi, sem dúvidas, mais uma das belas reviravoltas que a série nos apresentou até aqui. Ainda assim uma trama sem Frank não parecia algo palpável no primeiro momento, mas os diretores conseguiram tirar proveito da ausência de seu protagonista e desenvolveram o final exatamente em torno disso.
A quinta temporada foi encerrada com a promessa de um jogo entre Claire e Francis, os mais poderosos peões de House of Cards, é exatamente nessa pegada que a sexta temporada inicia sua trama.
Já é anunciado que Francis morreu e Claire governa o país a seu modo, quem se propõe a antagonizar com Claire, é a cria de seu Marido: Doug Stamper. Impressionante ver o quanto as duas crias de Francis sentem a sua falta, vale salientar que a série deixa isso bem claro, todos são órfãos de Francis.
A bandeira do feminismo é fortemente explorada nessa temporada, Claire se apoia nisso para garantir que está sendo perseguida por ser mulher, e na primeira metade dos episódios fica claro que temos Claire Underwood contra o mundo.
A série passeia sobre conceitos fundamentais do poder, os Irmãos Annette e Bill Shepherd são usados para mostrar o quando o capitalismo influi no poder moderno e que os bilionários tem tanto poder quanto o presidente de um país.
House of Cards não se despede com sua melhor temporada, claro que a ausência de Francis gera bastante preconceito de nossa parte, mas ainda assim tem um bom encerramento.
No final é bem claro que o protagonista nunca foi Francis ou Claire, o grande centro de tudo sempre foi o poder, o ciclo que envolve a escalada ao topo é sempre difícil e não há como chegar sem se sujar.
House of Cards foi a primeira série original Netflix e se encerra com respeito, mas muito aquém do que se esperava, dadas as circunstâncias foi o melhor que se pôde.