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CRÍTICA | LA CASA DE PAPEL – PARTE 2

A parte final de La Casa de Papel continua com a mesma pegada, mas esmorece no final

 

A gangue por trás do maior roubo da história da Espanha!

Não é novidade pra ninguém que La Casa de Papel deu um boom de audiência na Netflix. Não se fala em outra coisa desde o início da exibição da série, que originalmente saiu na TV espanhola, entrando depois no streaming.

Estávamos todos na expectativa do retorno da série, após o proposital hiato feito pela Netflix, para saber se os planos do Professor finalmente tinham sido descobertos! Como o cara não dá ponto sem nó, era provável que as coisas não desandassem tão fácil assim, né!

Considerações

O retorno da série foca, principalmente, na pressão psicológica sofrida pelos assaltantes/sequestradores, que estão sempre na dependência de um feedback vindo de fora. Quem controla tudo, o Professor, é prevenido ao ponto de antecipar até o tempestuoso temperamento de Tóquio (que adora fugir do plano).

Tóquio paga o preço por seu temperamento impulsivo

É interessante ver eles pirando dentro da Casa da Moeda, completamente alheios ao que está se passando lá fora. E o mais incrível é a capacidade de Berlim de se manter frio e calculista frente à cada situação. Apesar disso, todos tiveram seus altos e baixos nessa etapa final, e por isso a série nos presenteia com a ascensão de Nairóbi.

Nairóbi: “Que comece o matriarcado”

Mantendo o ritmo alucinante da primeira parte, o retorno chamou a atenção de diversas mídias, a exemplo da revista Exame, que afirma que a série aborda posicionamentos sobre liderança, planejamento e negociação.

La Casa de Papel é maravilhosa, maaaas…

Algumas poucas coisas são largadas à esmo pelo caminho, ou ficam mal explicadas, mas isso não interfere na experiência da série. O último arco fica corrido demais e toda a preparação de síndrome de Robin Hood feita anteriormente acaba passando tão rápido que não causa empatia com a força que deveria.

E não poderíamos deixar de notar o clichê apresentado desde o início do envolvimento entre o Professor e a inspetora Raquel: tudo que não se pode antecipar é o amor (chega a ser poético… mas continua clichê).

Se você ainda não viu La Casa de Papel – Parte 2, assista aqui o maravilhoso trailer feito pela rainha dos trocadilhos e da zueira (a Netflix):

Veja também a crítica da primeira parte de La Casa de Papel e Tattoos inspiradas na série!

Susy Ferreira

Formada em Turismo e pós-graduada em Administração Financeira, consumidora compulsiva de qualquer material Sci-Fi, colecionadora de bons livros, cinéfila, tatuada, gamer por diversão, crítica amadora e metamorfose ambulante. Super poder: maratonar temporadas inteiras de séries em um único dia. Ponto fraco: música ruim é kriptonita.