CRÍTICA | O REI DO SHOW
Hugh Jackman não é o rei do show… É o rei do mundo!
O Rei do Show vem com uma proposta de musical-biografia sobre a vida do controverso P. T. Barnum. Uma obra que soube aliviar a história usando licença poética, deixando uma bela mensagem que passa por superação, força de vontade, inclusão social, ganância, queda e volta por cima!
O longa mostra a tragetória de P. T. Barnum (Hugh Jackman), um simples filho de alfaiate que resolveu apostar suas fichas justo onde todos torcem o nariz, mas não resistem a dar uma espiadinha: o freakshow! Munido de um sonho, Barnum supera a infância difícil e casa-se com a filha do patrão, Charity (Michelle Williams), que irá apoiá-lo durante toda a sua jornada.
Barnum monta um espetáculo usando as habilidades e peculiaridades de pessoas singulares, o que atrai a curiosidade de uns e o ódio de outros. Os excluídos reunidos para o show retratam bem todos os preconceitos de época e também os atemporais, mas a mensagem de auto aceitação e empoderamento trazida pelo grupo é forte e chega a marejar os olhos.
Ao passo que sua popularidade vai crescendo, ele resolve investir em atrair a alta sociedade para o seu show, formando aliança com o nobre Phillip Carlyle (Zac Efron), que se apaixona por uma das artistas, Anne Wheeler (Zendaya).
A ganância por sucesso de Barnum chega ao ápice quando ele conhece o incrível talento de Jenny Lind (Rebecca Ferguson) e resolve sair em turnê com a cantora pelos Estados Unidos, deixando Carlyle, seus amigos e sua família em segundo plano, tornando-se algo de que se envergonhou e causou sua posterior derrocada.
Análise técnica
São tantos pontos positivos que nem sei por onde começar! Hugh Jackman é o próprio showman em pessoa, o famoso artista completo: canta, dança, interpreta, emociona! A escolha do elenco foi feita à dedo; toda a trilha sonora foi composta originalmente para o filme e ajuda a contar sua história; a fotografia, a paleta de cores, os figurinos e as locações te transportam perfeitamente para um ambiente vintage.
A divisão do roteiro é muito bem feita: infância e início de trajetória no primeiro arco; ascensão, vingança pessoal e ganância no segundo; queda e recuperação no arco derradeiro, com final feliz! Podemos afirmar que Michael Gracey faz uma excelente estreia em longa-metragem.
A única ressalva é o fato de o filme ser meio corrido em algumas passagens, o que não compromete de modo geral, mas poderia ter momentos mais explorados.