Em clima de Rock in Rio: Os jogos mais rock and roll da história
Mas, para relembrar ainda mais os bons momentos do bom e velho rock & roll que rolaram no festival, que tal lembrar também os principais games que exaltam este estilo de música, muito querido no mundo todo e que tem grandes representantes no Rock in Rio? Estamos falando de Metallica, System of A Down, Motörhead e outras bandas do gênero.
Pensando nisso, o TechTudo selecionou alguns games puramente rock & roll para você conferir, enquanto ouve um som pauleira, para acompanhar.
Confira a cobertura completa do Rock in Rio no site do Multishow.
KISS Pinball
Que tal um jogo de Pinball com uma das bandas mais exóticas e famosas do rock? Sim, estamos falando do KISS, que já pintavam a cara com maquiagens loucas até mesmo para o nível da época e tinham performances consideradas “estranhas” muito antes de artistas como Lady GaGa fazerem suas loucuras nos palcos e clipes. Assim como foi um divisor de água no mundo da música, o KISS também marcou a história dos games, já que foi uma das primeiras bandas e ter jogo próprio.
A primeira máquina temática de Pinball do KISS foi lançada em 1978. O sucesso foi tão grande que a idéia foi expandida para 20 mil máquinas, distribuídas em todo o território norte-americano e também parte da Europa.
Hoje, a máquina original é raridade, claro. Raras pessoas como Trent Reznor, líder da banda Nine Inch Nails, possuem um modelo original guardado. Em 2001, o Wildfire Studios tentou matar a saudade da galera, lançando uma “conversão” do Pinball para o PSOne. Não deu muito certo, já que o game não fazia justiça ao legado.
KISS: Psycho Circus: The Nightmare Child
Acontece que o KISS não foi tema apenas de jogos de Pinball. Para a alegria dos fãs, a banda ganhou também um game no PC, de tiro em primeira pessoa. Precisa dizer mais alguma coisa? Tudo bem, precisa, já que é um jogo de tiro em primeira pessoa que mistura elementos de magia, monstros e um mundo distorcido. Tudo isso com o Kiss no meio. Tá bom ou quer mais?
Psycho Circus: The Nightmare Child era, na verdade adaptação do gibi de mesmo nome, do artista Todd McFarlane. Na história, personagens baseados na banda ganham super-poderes para lutar contra forças malignas. O mais legal é que os heróis eram totalmente inspirados pelos músicos, até mesmo com os mesmos apelidos (The Demon,The Starchild, e por aí vai).
Ainda que não tenha sido um grande jogo, ele era divertido especialmente para os fãs, que podiam viver um pouco do universo criado pelo KISS. O título saiu para PC e mais tarde ganhou versão no Dreamcast.
Revolution X
A banda KISS não foi a única ganhar um jogo de videogame no passado. Muitos antes de Guitar Hero, o Aerosmith já havia estrelado um game, em 1994, para fliperamas e consoles da época. Este game foi Revolution X, que podia ter pouca relação com a banda no nome, mas contava com sua participação ativa, até mesmo na capa e cartazes de divulgação.
Revolution X era um jogo de tiro em trilhos, onde o jogador controlava apenas a mira com o uso de controles em formas de pistolas. O jogador participa da história em busca de um show do Aerosmith, mas descobre que a banda foi raptada por uma força militar que baniu do mundo todas as músicas, videogames e programas de TV.
Esta organização se chama NON (New Order Nation) e queria proibir qualquer cultura jovem do planeta. Pouco louca a história, não é mesmo? A trilha sonora do game, claro, é repleta de músicas do Aerosmith, como “Walk this Way” e “Sweet Emotion”.
Rock n’ Roll Racing
Vamos deixar de lado os jogos de tiro para seguir uma linha bem diferente: um jogo de corrida. Rock n’ Roll Racing talvez seja o maior clássico envolvendo rock & roll já produzido nos videogames – com certeza o mais icônico. O game ficou famoso por sua versão do Super Nintendo, mas chegou a outras plataformas da época, como Mega Drive, e teve um relançamento no Game Boy Advance.
De início, o jogo não parece ter nada relacionado com rock. Você controla seres de diversos planetas em corridas violentas, com visão isométrica e com veículos repletos de armas. A jogabilidade é boa, gráficos muito bacanas para seu tempo, mas e o rock? Ele vinha da melhor forma: na trilha sonora do game, já que todas as corridas eram embaladas por verdadeiros hinos do gênero – como “Paranoid” (Black Sabbath), “Highway Star” (Deep Purple) e “Born to be Wild” (Steppenwolf). Um clássico a ser lembrado.
Rock Band e Guitar Hero
Quer melhor forma de festejar em nome do rock com verdadeiros jogos de música que são voltados para o gênero musical? Guitar Hero veio primeiro e nasceu no PlayStation 2, prezando pelo nome e introduzindo um controle em formato de guitarra. A missão do jogadore era se tornar um verdadeiro “herói da guitarra” no extenso setlist, repleto das mais diversas músicas. Solos eram partes importantes, já que a canção devia ser seguida na ordem dos botões coloridos do controle, que eram representados na tela.
Já a série Rock Band veio depois, mas foi lançada pelos mesmos criadores do Guitar Hero original. Aqui a coisa mudou de figura e agora o jogador se une a pelo menos mais três amigos, que ficam responsáveis pelo baixo, bateria e microfone. Presença garantida em festas de fim de semana, jogos musicais podem estar em decadência, mas prestam uma bela homenagem ao rock & roll com seus setlists e “turnês”. Para reforçar a homenagem, vale lembrar que tanto Guitar Hero, quanto Rock Band, tiveram títulos de artistas próprios, como Metallica, Green Day e Aerosmith.
Rock Manager
Quando os jogos sociais de administração ainda não existiam, a produtora PAN Vision decidiu lançar Rock Manager no mercado, que lembra muito estes games de hoje, que você encontra no Facebook e derivados, mas com algo a mais: o rock & roll.
Rock Manager consiste em montar uma banda imaginária e administrá-la por completo. O jogador escolhe seus integrantes, compõe as músicas nos estúdios, cria capas, distribuir a demo nas gravadoras, agendar shows, tudo de forma bem progressiva. Você começa por baixo, como a grande maioria das novas bandas, e vai fazendo sucesso, crescendo na carreira. O game é bem interativo e é um interessante exemplar do gênero de administração. Pena que, por ser de 2002, seja um pouco difícil de achar hoje em dia.
Brütal Legend
Outro icônico game que preza por rock e também heavy metal, Brütal Legend é um exemplo recente nesta lista e faz não só homenagens ao gênero, como também é praticamente o rock convertido em videogame. Você duvida? Pense então que o jogo conta com a participação de grandes nomes da música, como Ozzy Osbourne, Lemmy Kilmister, Rob Halford e Lita Ford, como personagens da trama. A partir daí você já pode ter uma ideia do que te aguarda.
Brütal Legend coloca o jogador na pele de Eddie Riggs, um roadie que vai parar no mundo do metal, onde tem uma missão a cumprir. Eddie, não por acaso, é interpretado pelo ator Jack Black, que também é um grande fã de heavy metal.
O tal “mundo do metal” é repleto de referências e a trilha sonora do jogo também é totalmente inspirativa, com mais de 80 músicas, das mais variadas bandas. Corra atrás, pois ainda é um jogo relativamente novo e que vale a pena ser jogado por todo mundo que preze pelo verdadeiro rock & roll.
Metalocalypse: Dethgame
Infelizmente, temos um exemplo triste para a lista, já que Metalocalypse: Dethgame nunca chegou a ver a luz do dia. Este era um game baseado na série Metalocalypse, do programa norte-americano Adult Swim. Quem conhece sabe que é uma série animada voltada para o rock e também repleta de escracho e piadinhas típicas.
O jogo prometia trazer toda a aventura da série para os games, em versões para PS3 e Xbox 360, com gráficos que lembravam a animação e também os dubladores originais que participam do programa de TV. Infelizmente, nem chegamos a saber de que gênero seria – Musical? Corrida? Ação e aventura? -, já que ele foi cancelado de forma muito precoce. Vamos estender as mãos e acender nossos isqueiros em homenagem ao título. Quem sabe um dia ele não retorna dos mortos?