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Visão Além do Alcance – Dragon Ball Super

Fala galera, Visão Além do Alcance na área e hoje, sem querer querendo, vamos ser um tanto quanto polêmicos (muahahahahamuahahaha). Como muitas pessoas vivem me perguntando se vale a pena ou não, hoje o assunto será Dragon Ball Super e tentaremos responder se SIM, trata-se de Dragon Ball ou NÃO, apenas uma tentativa simplória de lucro, mas como sempre, sem spoilers.

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História

É importante saber que Dragon Ball Super SUBSTITUI DRAGON BALL GT, ou seja, os eventos deste foram desconsiderados e tudo começa depois da Saga Majin Boo.

Depois que Goku derrotou o terrível Majin Boo, a paz regressa no Universo mais uma vez. Chi-Chi quer que Goku consiga trabalho, então ele começa a trabalhar como agricultor; mas, como nós o conhecemos de longa data, sua fome por lutas nunca termina. Enquanto a paz na Terra reinava, em outro ponto do Universo um poderoso inimigo despertava de seu sono que durou mais de três décadas: trata-se de Bills, o qual revela que existem doze universos, cada um com seu próprio deus da destruição. Neste cenário, as batalhas começam, antigos vilões ressurgem, novas transformações aparecem e chegamos no arco de Black, ponto atual do anime. Então, lembra que falei que seríamos polêmicos? Aí vai a primeira afirmação que causará controvérsias, apesar de não ser meu anime favorito e de muitas outras pessoas, Dragon Ball é sem dúvida o maior fenômeno do gênero. Em 2016 estamos discutindo uma obra que teve seu início em 1984, foi traduzida para mais de 60 idiomas e consegue ainda hoje ser carro-chefe dos animes nipônicos mais vistos no mundo. O objetivo aqui é analisar se o fato de estar de volta em evidência é fruto de sua qualidade ou apenas um lapso de criatividade na terra do sol nascente.

O primeiro arco do anime acolhe a volta de um personagem conhecido buscando vingança. Aqui é importante ressaltar que a animação é sofrível e parece pior do que a de Dragon Ball Z. O segundo, um novo desafio num torneio de artes marciais e o terceiro uma viagem no tempo. Bom, como se pode ver, parece que já vimos este filme muitas vezes antes. Dragon Ball Super não está preocupado em inovar, tampouco ser um mero fã service, ele tem identidade própria. Aqui vemos um universo de Dragon Ball mais próximo do seu arco inicial, o qual narrava as aventuras de um Goku ainda criança, desbravando o mundo ingenuamente ao lado de seus companheiros e do ideal inicial do mestre Akira Toriyama, já que ele sempre considerou Dragon Ball Z muito violento e distante da sua ideia original. Isto quer dizer que o anime como um todo tem um tom mais leve, adicionando mais humor entre as batalhas já conhecidas. Também precisamos entender que os tempos são outros, meus amigos: infelizmente a censura existe e ela é cada vez mais brutal, dificultando as cenas clássicas de puro sangue, as quais estávamos acostumados. Para se ter uma ideia, um anime como Hunter x Hunter costumava ser exibido à meia-noite, algo que não é o ideal para os investidores por trás de Dragon Ball, verdadeiramente engajados em conseguir novos fãs e consequentemente novos compradores para os diversos itens licenciados. Por falar nisso, as figuras de ação da obra estão pipocando, são muito bacanas e vendem mais que água no deserto. Outro fator importante é que, sim, há um hiato criativo evidente no cenário de animes shounen. Cada vez mais vemos antigas obras sendo revividas, outras alongadas ou sofrendo recomeços, como os casos de Cavaleiros do Zodíaco, Naruto, Dr. Gray Man e o próprio Dragon Ball. Aqui notamos um Dragon Ball morrendo pela doença iniciada no fim de seu antecessor, a força dos Sayajins é tão absurda que todo tipo de desafio não parece palpável e muitos personagens queridos foram de fato enterrados aqui. Além disso, as dificuldades não trazem dúvida de verdade sobre a vida dos nossos heróis, porque até mesmo mortes parecem ser evitadas. As batalhas estão bem coordenadas e apresentam algumas surpresas, mantendo o ponto forte de Dragon Ball, mas é inevitável falar da falta de sangue com membros cortados e corpos perfurados, o que te causa a sensação de irrealidade.

Anime

O anime conta até o momento com 60 episódios, tem a participação direta de seu criador, Akira Toriyama, que desta vez atua também na área de história original e design de personagens. A direção do anime está nas mãos de Kimitoshi Chioka, quem comanda as vozes é a já consagrada dubladora Masako Nozawa, a qual reprisa seus papéis como Goku, Goten e Gohan. A Toei Animation não perdeu sua licença e os episódios semanais vão ao ar pela Fuji TV desde 5 de julho de 2015.

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Primeira edição do mangá japonês.

Mangá

Sobre o mangá, é muito importante e legal falar sobre seu desenhista, porque há alguns anos ele estava do nosso lado, como um mero fã. Trata-se de Toyotarõ, inicialmente famoso por seus fan arts, chamou a atenção dos produtores, que decidiram lhe dar o prazer de desenhar o mangá do filme O Renascimento de Freeza e de lá continuou em Dragon Ball Super. Atualmente o mangá encontra-se no seu segundo volume formato Tanko – iniciado em 4 de abril de 2016, lançado na revista V Jump da editora Shueisha. A publicação está prevista para chegar nas terras americanas no início de 2017, mas por aqui nada ainda confirmado.

Porque Sim

* Você não vai querer ficar de fora dos debates, vai?

* O anime está ganhando fôlego e parece que vai encontrar seu rumo.

* Com todas as críticas, trata-se de Dragon Ball, o carinho por esta obra nos faz ficar saudosos e esta é uma chance de reviver bons momentos.

* As cenas de lutas estão bem representadas e a evolução do anime é gritante quando comparado com seus episódios iniciais.

Porque Não

* A falta de sangue nas batalhas e corpos perfurados incomodam bastante.

* Personagens muito importantes e amados pelos fãs estão recebendo papéis desconcertantes, especialmente o melhor personagem do desenho, Piccolo (não?), completamente chutado para escanteio.

* As novas transformações estão causando algumas confusões e muitas vezes parecem desnecessárias.

* A qualidade da animação tem alternâncias que saltam aos olhos.

* O poder dos personagens não está sendo respeitado. Por exemplo, Piccolo chegou a vencer Cell em sua primeira forma, mas apresenta dificuldades com um ser com poder equiparado ao comandante Ginyu.

Bom pessoal, como sempre falamos, o ideal é ver com seus próprios olhos, imergindo nesta nova fase como se tivesse indo ver seu amigo de infância depois de muitos anos. Você não sabe o que esperar, mas sabe que um dia gostou dele e a nostalgia pode os unir novamente. Apesar de injusta, pelos diversos pontos citados, a comparação é inevitável, mas não deve ser fator decisivo para não dar uma chance; afinal, esta turma marcou a gente de mais.

NeZ

NeZ teve uma sorte danada na infância,foi apresentando ao mundo dos games por seu tio, o qual tinha uma locadora de games e o presenteou com um Atari surrado. Depois disso o menino gostou da brincadeira e não parou mais. No mundo dos animes, porque não citar a influência da saudosa Rede Manchete, responsável pelo início da paixão com Os Cavaleiros do Zodíacos, assistido sempre em conjunto com seu irmão e amigos, o Tokusatsu favorito Jiraiya e Yu Yu Hakusho, homenageado em sua última tatuagem. Por falar nelas, duas e contando,mas que não chegue aos ouvidos da sua esposa, a Alemã é braba. De tanto colecionar, decidiu criar sua própria empresa de comércio de figuras de ação e estátuas, a King Puppen. Têm problemas em escolher qual Mangá ler primeiro.