Para entender Batman, Noite de Trevas – Metal
A dupla criativa
São Scott Snyder e Greg Capullo os responsáveis pela megassaga do Batman. Responsáveis por praticamente toda a fase Novos 52 do herói, a dupla está de volta para contar a história mais épica de suas vidas.
Por falar em épico, as referências visuais da saga ao heavy metal (estilo musical que ambos os quadrinistas adoram – e este redator também) são apenas para brincar e enriquecer o produto. Na verdade, o “metal” do título está relacionado aos vários metais misteriosos que o Batman encontrou em sua carreira. O destaque vai para o metal enésimo, dos thanagarianos, que será muito importante neste quadrinho.
A saga também marcará a reunião da Liga da Justiça com outros ícones do Universo DC, mas falar seus nomes aqui seria um spoiler imenso para leitores brasileiros.
E se você gosta mesmo de heavy metal, curta só a música Red Death, que Brann Dailor, baterista do Mastodon, fez em homenagem à saga Metal:
Multiverso e Matéria Sombrios
A essa altura do campeonato, tanto leitores assíduos como casuais sabem que a DC possui um multiverso. Snyder e Capullo apresentarão o Multiverso Sombrio, um conceito que inverte os valores do multiverso conhecido e o habita com versões malignas do Batman misturado aos principais personagens da editora. Portanto, prepare-se para conhecer gente como The Murder Machine (Cyborg), Red Death (Flash), Devastator (Apocalypse), Merciless (Áres), Drowned (Aquaman), Dawnbreaker (Lanterna Verde) e o horripilante Batman Who Laughs (Coringa).
O Multiverso Sombrio é um conceito criado por Snyder a partir de uma ideia que ele teve assistindo à nova versão de Cosmos, apresentada por Neil DeGrasse Tyson. Nele, tudo deu errado, e imperam estas versões malignas de personagens da DC. Durante a investigação desse multiverso, o Batman acaba liberando as sete versões malvadas dele, que permearão toda a saga. Elas agem a mando de Barbatos, o deus-morcego criado por Peter Milligan nos anos 1980 e popularizado nas HQs modernas do Batman por Grant Morrison.
Enquanto isso, os leitores também poderão acompanhar a busca milenar do casal de gaviões pelo verdadeiro sentido do metal enésimo, fundamental para explicar sua existência e desabrochar em uma nova versão deles após o término de Metal.
Por fim, Noite de Trevas: Metal desovará Matéria Sombria, um selo de títulos que começou a sair há alguns meses lá fora. Entre os personagens que os estrelam estão The Terrifics, Damage e uma releitura dos Desafiadores do Desconhecido. A maioria dos títulos está saindo com atraso nos Estados Unidos, além de estarem sofrendo com baixas vendas. Podem ser cancelados antes do previsto.
É um crossover
Engana-se quem acha que Noite de Trevas: Metal é uma história autocontida. Ainda que ela não seja tão grande quanto eventos como A Noite Mais Densa e Vilania Eterna, Metal também possui tie-ins. Contudo, a publicação no Brasil será mais enxuta que lá fora: encadernados.
Leitura Recomendada
Todas as publicações abaixo ajudam a entender melhor o contexto de Noite de Trevas: Metal. Elas foram lançadas no Brasil de forma mensal (no caso das revistas do Batman, desde 2012) ou encadernada.
- Toda a fase Novos 52 do Batman feita por Snyder e Capullo: de #1 a #50, passando por arcos fundamentais como Corte/Noite das Corujas, Morte da Família, Ano Zero, Fim de Jogo e Peso-Pesado, é a fundação da nova saga
- All-Star Batman, de Snyder, John Romita Jr. e vários artistas: é praticamente o prólogo para Metal, com plot points fundamentais – especialmente o retorno dos Falcões Negros
- A Morte do Gavião Negro, de Marc Andreyko, Aaron Lopresti e do brazuca Rodney Buchemi (é a transição entre a mitologia “antiga” dos thanagarianos e a nova, que virá após Metal).
Se ficou curioso, vá até a banca mais próxima, pois a saga Noite de Trevas: Metal já chegou às bancas.