Crítica – Adeus, idiotas
Sinopse
Suze Trappet descobre, aos 43 anos, que está seriamente doente e decide procurar a criança que foi forçada a abandonar quando tinha 15 anos. Em sua busca, conhece JB, um servidor público quinquagenário em pleno esgotamento mental, e o Sr. Blin, um arquivista cego de um entusiasmo impressionante. Juntos, eles embarcam na missão de encontrar o filho de Suze antes que seu tempo acabe.
Crítica
Uma característica do cinema francês que sempre apreciei é sua originalidade na forma de contar estórias. Explico: nada no enredo de “Adeus, idiotas” deveria ser engraçado, mas é.
Temos Suze, uma mulher descobrindo que sua morte está próxima através de um médico completamente sem tato. JB, um funcionário público dedicado e muito competente que decide se matar após ser dispensado de seus projetos por causa da idade. E ainda Serge, um homem cego que trabalha numa sala escura, pois ninguém visita seu setor. Com estes personagens, o filme nos conduz com uma narrativa de eventos absurdos na saga dos protagonistas em encontrar o filho de Suze.
Este filme é o resultado de vários elementos muito bem equilibrados. Os dramas dos personagens e as críticas à sociedade fazem contrapeso aos exageros cômicos de cada cena. Temos cores e luzes brilhantes como fundo para conversas sérias. Tudo isso consegue dar leveza a um filme que trata de temas pesados como morte e solidão.
Os diálogos conseguem dar a profundidade necessária aos personagens para que cada uma de suas ações façam sentido, mesmo com a história toda sendo contada em menos de 90 minutos. E esta profundidade é importante para o final, que sim, faz todo sentido. Fecha a história muito bem e está totalmente de acordo com a proposta do filme, ainda que eu não tenha gostado. Vale a pena conferir. É um filme indicado para quem gosta de comédias não tão convencionais.
Adeus, idiotas
1h 27min
Gênero: Comédia, Drama
Direção: Albert Dupontel
Roteiro: Albert Dupontel
Elenco: Virginie Efira, Albert Dupontel, Nicolas Marié
Título original: Adieu Les Cons