She-Hulk – Defensora de heróis Crítica do episódio 3
A série She-Hulk chega ao seu terceiro episódio intitulado “O povo contra Emil Blonsky” apostando na exploração de sua veia mais cômica ao mostrar as desventuras de Jennifer Walters (Tatiana Maslany) em seu papel como defensora da comunidade de pessoas com superpoderes, não necessariamente heróis, já que seu cliente atual é ninguém menos que Emil Blonsky (Tim Roth), o Abominável.
Embora a série esteja totalmente inserida no universo cinematográfico da Marvel (MCU) o desenrolar da história não parece querer trazer qualquer relevância para o grande mosaico cinematográfico da casa das ideias, de modo que a trama de She-Hulk pretende contar a história de uma das heroínas mais poderosas do universo, mas sem colocá-la em situações que a forcem a usar toda a extensão do seu poder, o que revela-se mais um desperdício de potencial do que uma boa estratégia de roteiro.

Enquanto Jenn dedica-se a garantir que Emil Blonsky tenha um julgamento justo, as participações especiais e a quebra da quarta parede mostram-se cada vez mais presentes, dando personalidade à série e permeando o imaginário dos fãs com as mais criativas teorias sobre os próximos personagens que marcarão presença.
Nesse episódio, Wong (Benedicti Wong) deixa seus afazeres como bibliotecário do Kamar-Taj e assume a responsabilidade por ter tirado Blonsky do presídio em que cumpria pena para enfrentá-lo em um domo de lutas clandestinas, na clássica cena mostrada de forma aleatória em Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis. Com esse testemunho, Jenn consegue montar a estratégia de defesa que permitirá ao Abominável, nesse momento muito mais preocupado em dar amor as suas 7 almas gêmeas do que ficar trocando socos com o Hulk, alcançar a liberdade.

A abrupta mudança no tom do Abominável, que deixou de ser um vilão sádico, ameaçador e maior inimigo do Hulk para tornar-se alívio cômico em She-Hulk, foi uma aposta arriscada da Marvel, mas encaixa-se à perfeição numa série de heróis que prefere a comédia à ação.
Após a conclusão do julgamento de Emil Blonsky Jenn é atacada por um grupo de marginais a mando de uma pessoa desconhecida, que mesmo não tendo representado um desafio à She-Hulk serviram ao propósito de iniciar um novo gancho que deverá ser explorado já no próximo episódio que pelo andar da carruagem deverá continuar explorando a comédia em detrimento da ação. A menos que a Marvel esteja preparando uma grande virada para os 6 episódios restantes. Será mesmo?