Critica | O Último Soldado (2017)
Parte da programação na primeira edição do Festival Filmelier no Cinema, realizado Sofá Digital, de 19 de abril a 10 de maio em cinemas de mais de 30 cidades do Brasil, “O Último Soldado” (no original “The Chinese Widow”) dirigido por Bille August parece buscar por uma história memorável capaz de emocionar, mas esse esforço não é o bastante para que saia do básico.
Se baseando em um contexto histórico da Segundo Guerra Mundial, o filme busca encontrar um relato de humanidade em meio ao conflito bélico mais terrível da história humana, objetivo comum em filmes que falam sobre o holocausto mas que ganha outras conotações quando se coloca a ótica sobre o conflito EUA-Japão: a ideia de em uma guerra somente há perdedores.
De boas intenções…
Na trama, após a retaliação americana ao ataque japonês na base de Pearl Herbor, um piloto de bombardeiro americano (Emile Hirsch) é abatido no retorno sobre espaço aéreo na China e a bela jovem viúva (Crystal Liu) o encontra e que começa a desenvolver uma ligação com ele enquanto tentar despistar os soldados japoneses no território ocupado.
Embora seja visivelmente bem-intencionado, o filme também parece inacabado. Tanto o roteiro carece de polimento capaz de dar ao texto a potência necessária para esta história que desde o principio já sabemos o fim- Além de ser baseada em fator reais, o filme adota a estética de flashback nos mostrando o desfecho já no início – como mesmo o produto final, já que há sequências de guerra compostas com um CGI terrível.
Ainda assim, a projeção de 1h 37m não é torturante. O filme consegue transparecer algum sentimento, em especial a atuação de Liu que ganha espaço em tela para atuar. Embora não seja um primor e que seja possível até mesmo problematizar a ideia de um filme com um romance um tanto proibido entre americanos e chineses no contexto atuais da geopolítica, a quem gosta do gênero e não se importa com uma repetição de clichês já batidos terá uma sessão agradável.