Avatar 2: O Caminho da Água – CRÍTICA – será que cumpre com a expectativa?
AVATAR: O CAMINHO DA ÁGUA
(Uma promessa de Cameron que usa de todos outros artifícios para esconder a simplicidade de sua história)
Sinopse: Após formar uma família, Jake Sully e Ney’tiri fazem de tudo para ficarem juntos. No entanto, eles devem sair de casa e explorar as regiões de Pandora quando uma antiga ameaça ressurge, e Jake deve travar uma guerra difícil contra os humanos.
Avatar: O Caminho da Água estreia nos cinemas dia 15/12/2022 confira o trailer abaixo:
CRÍTICA
Após 13 anos de promessas de James Cameron, finalmente temos entre nós a tão esperada continuação de Avatar (2009) e Cameron cumpriu com suas promessas, soube bancar a bola alta que exaltava em todas as entrevistas?
Atualmente temos muitos diretores que dizem que o cinema ´´cult“ ou a verdadeira Hollywood e os ´´grandes filmes“ estão morrendo, Cameron é um deles; porém o próprio usa e abusa de todo o cinema moderno para fazer sua história fantasiosa, seu grande espetáculo funcionar de forma simples e objetiva para todos os públicos e de alguma forma, mesmo que não seja considerado em termos de narrativa um filme para academia, arrancar elogio dos críticos.
Avatar: O Caminho da água é, um grande espetáculo cinematográfico, é difícil olhar para o longa na tela mesmo que com suas 3 horas e 15 minutos de duração e dizer que você em algum momento não ficou preso, encantado, agoniado ou impressionado. Talvez seja pela apelativa de Cameron em querer que todo o trabalho de CGI, seja a todo momento exaltado dentro do filme em cada detalhe minucioso, desde quando estamos olhando uma aldeia em uma visão mais ampla e ali você percebe cada pequeno gesto de movimentação de personagem, paisagem, animais, tudo em plena sincronia natural e isso vai mais além quando em um pequeno close encaramos as faces dos Avatares que parecem em 80% do tempo na verdade serem os atores apenas maquiados, e em 20% do restante do tempo, há impressão de que não há atores, aqueles são de fato Avatares contratados para interpretar eles mesmos dentro do filme.
O diretor renomado faz valer a bola que tanto jogou lá em cima e promoveu antes da estreia do filme, porém, o mesmo não consegue sair de uma história já conhecida, e sua prática de aplicar estereótipos durante a história faz com que ela acabe se tornando algo muito fácil e levando mesmo ao mesmo ponto deixando as coisas um pouco mais do mesmo mas não é algo que estrague sua experiência. Afinal as intenções do roteiro e seu diretor com essa história ´´simples“ seria trazer reflexões maiores para a vida real sem precisar que você se esforce ao pensar ou sem precisar daqueles que se consideram ´´cult“ te explicarem a linda e complicada jornada dos habitantes de Pandora, que tudo que querem é viver em paz na sua vasta natureza.
A duração é algo que faz jus conforme a cada ato e cada hora que passa, você se apega mais a família Sully formada por Jake e Neytiri, os Pais e seu 4 filhos, Kiri, Lo`ak, Neteyam e Tuktirey; a família cujo qual você irá receber de braços abertos, morrer de fofuras, chorar por eles, se colocar no lugar deles e até se identificar em alguns momentos com o que acontece com todos eles. Claro, o elenco é um show a parte, com grandes nomes, e atuações uma mais impecável com a outra, sem deixar ninguém para traz.
O Vilão que vem de referências de outros personagens dos filmes de Cameron, consegue cumprir seu papel e por mais que em algum momento você o ache desnecessário, graças a ele teremos a provável continuação que depende do sucesso deste mesmo nos cinemas.
Ao fim de todo o concerto que o orquestrador James Cameron constrói, não temos algo de novo na história, as reflexões são claro um pouco mais além que o primeiro, porém no fundo com o mesmo sentimento, as cenas de ação são de tirar o fôlego e o visual deslumbrante nos oceanos mostra todo o avanço tecnológico que o diretor vem fazendo o uso, e sua grande paixão pelos oceanos.
É um prazer sensacional voltar a esta Pandora e poder se sentir melhor envolvido com os personagens do que a primeira vez em 2009, temos nossos heróis, agora no plural, e uma história mais interessante do que da última vez graças ao excesso de exibicionismo de Cameron e suas paisagens e detalhes de seus personagens, porém algo que não sai de dentro da bolha que o mesmo tanta julga nos outros estúdios como a Marvel, porém, não há como isso estragar sua experiencia na tela que vale cada centavo do ingresso.