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Crítica — A jornada de Vivo (2021)

Vivo é um Jupará que chegou por acidente à Havana quando ainda era um filhote, tendo sido adotado pelo músico cubano Andrés. Em pouco tempo a dupla estabelece fortes laços de amizade, além de compartilhar o amor pela música, com apresentações diárias na praça da cidade, até que a trajetória dos amigos é alterada quando Andrés recebe uma carta de Marta Sandoval, uma amiga de longa data que encontra-se ao final de sua carreira de cantora, convidando-o para assistir sua última apresentação em Miami.
O Jupará não gosta da ideia de ter que sair da sua zona de conforto e ir a outro país acompanhar a apresentação de uma pessoa desconhecida, mas ao descobrir que Marta é o grande amor de Andrés, que nunca teve coragem para se declarar, decide se aventurar e levar à cantora a música feita em sua homenagem por seu amigo e admirador Andrés.

A imagem mostra Vivo e Andrés
Imagem: A Brodway é aqui

A aventura do mascote amarelinho a caminho de Miami recebe o reforço da falante menina Gabi, sobrinha de Andrés, e que com seus planos mais ou menos mirabolantes se propõe a ajudar Vivo em sua missão, por ter um grande amor aos bichinhos de estimação (no melhor estilo Felícia de Looney Tunes) e também por questões relacionadas a sua própria história de vida.
Como não poderia faltar em animações com bichinhos falantes, as músicas ocupam boa parte da história e servem ao propósito de expressar os mais variados sentimentos e emoções dos personagens. Nesse ponto vale destacar a acertada escalação para o filme de Gloria Estefan e do cantor cubano Juan de Marcos Gonzáles, que ao emprestarem suas vozes à Marta Sandoval e Andrés, respectivamente, ajudam a dar veracidade à dupla de cantores com uma extensa trajetória musical.

A imagem apresenta os protagonistas de a Jornada de VIvo
Imagem: Notícias da TV – UOL

O longa, cheio de ritmos e cores, é um deleite para os olhos das crianças de todas as idades que conseguem criar uma boa conexão ao acompanharem as aventuras dos pequenos protagonistas que pensam estar em uma missão para entregar uma carta de amor, mas não percebem que, na verdade, estão inseridos em um processo de autoconhecimento.
Em seu último ato, a Jornada de Vivo apela muito para a emoção, principalmente na última apresentação de Marta Sandoval, que ao entoar a belíssima “Não se esqueça da canção”, feita em sua homenagem por Andrés desperta fortes sentimentos nos corações de Vivo e Gabi, principalmente pela participação especial ao final da canção. Um ótimo filme para assistir juntinho com toda a família, e que acerta ao mostrar a importância de se valorizar as histórias do passado mas sem nunca deixar de seguir em frente.

william

Direito por formação, Nerd e Otaku por inspiração, Cinéflo por concepção, Redator nas horas de solidão, Pai e marido por paixão e Cristão por convicção.