CRÍTICA DESENCANTADA DISNEY PLUS
DESENCANTADA
( o preço do ´´Feliz para Sempre“ )
Sinopse: Dirigido por Adam Shankman, Desencantada estreia em 18 de novembro exclusivamente no Disney+ e traz de volta Giselle (Amy Adams), Robert (Patrick Dempsey) e Morgan (Gabriella Baldacchino). Na produção, eles se mudam para uma nova casa no subúrbio de Monroeville e a comunidade é supervisionada por Malvina Monroe (Maya Rudolph), que tem intenções nefastas para a família. Quando surgem problemas, Giselle deseja que suas vidas sejam perfeitas como no mundo fantástico de Andalasia. O feitiço sai pela culatra, e agora Giselle precisa correr para salvar sua família e sua terra natal antes do relógio bater meia noite.
O novo filme é lançado quinze anos depois de seu precursor, ENCANTADA (2007), que conquistou o coração de muita gente com sua história, elenco e trilha sonora marcante, confira o trailer da continuação já disponível no Disney Plus.
Crítica
Quem nunca sonhou em viver um conto de fadas? Viver em um mundo mágico onde seus problemas são resolvidos de um momento para outro em apenas um desejo, Giselle (Amy Adams) nossa protagonista tinha isso em suas mãos em Andalasia mas largou tudo para viver no mundo real onde recebeu seu beijo de amor verdadeiro do ´´príncipe encantado“ Robert (Patrick Dempsey) porém agora nessa nova aventura Giselle descobre que aqui, não temos o nosso ´´Felizes Para Sempre“ e descobre como qualquer um de nós quando cresce, com muitos problemas aparecendo em nossa vida de forma que caímos em si de que o conto de fadas não existe.
Imagem para divulgação
Muito curioso como os grandes filmes da Disney tem sido tragos de volta e tentando ser o mais moderno possível de forma que as vezes parece forçada, mas não aqui, Desencantada consegue manter sua essência, trazer uma nova trama cujo se encaixa dentro do mundo que as vezes parece que só Giselle vive e nos traz bons, não, ótimos services e referências aos grandes clássicos das princesas da Disney.
A lição neste filme no final fica um pouco mais séria, um pouco mais profunda porém ainda parecida com a primeira quando nossa amável princesa decide ficar no mundo real para viver aventuras que não previsíveis toda manhã, aqui vemos ela ´´sofrer“ as consequências disso, quando, agora ela com uma filha bebê ainda tem de lidar com a rotina de ser Mãe de primeira viagem e lidar com Morgan (Gabriella Baldacchino) em fase adolescente e sem se encantar tanto com as cantorias de sua Mãe e as histórias do mundo Mágico.
É como se estivéssemos vendo Giselle crescer e amadurecer apenas agora, depois de anos no mundo real, e isso fica longe de ser um problema na história, a única coisa que de fato te da um incomodo na tela é ver a mesma sendo submetida para apenas a dona de casa que cuida das crianças e espera seu marido na esperança de uma vida melhor, em um casamento onde Robert que agradar sua esposa mas devido as suas expectativas do conto de fadas que faz parte de sua essência as coisas ficam um pouco tanto complicadas.
Um espetáculo a parte poder ver Amy Adams reprisando o papel, e em cada careta, cada cena com os olhos marejados de lágrimas a mesma consegue nos fazer entender ela, e traz de volta aquele espírito que nos adultos temos de ´´Por que a vida é uma porcaria as vezes né?“, o mais legal sem sombra de dúvidas é não só ver seu amadurecimento no percorrer da trama como também o como a mesma apenas quer ver sua família feliz, e sabe que seria assim se todos vivessem em seu mundo, porém a mesma esquece que em seu mundo as coisas também não tão belas assim e isso faz com que a mesma após ouvir Morgan a chamar de Madrasta em uma discussão a torna a grande vilã surpresa da história, Amy simplesmente troca sua personalidade em muitos momento indo de a inocente e ´´frágil“ Giselle há Madrasta má que quer ser rainha.
E falando em rainha má, que delícia é ver Amy contracenando com Maya Rudolph (Malvina Monroe) as duas juntas eram necessárias e não sabíamos disso ainda, as cenas de confronto mágico, e a música que dividem no filme em certo momento são de encher os olhos de alegria pois aqui pouco importa o quão real o filme é ou não, você só quer ver um pouco mais daquela fantasia maravilhosa que presencia nas telas.
Nada rouba o protagonismo de Giselle e mesmo que o fechamento do arco não seja apenas sobre ela e mesmo que não coubesse a mesma dessa vez salvar a pátria, ainda sim no final você não consegue pensar que mais uma vez é Giselle que faz tudo acontecer. O modo como o roteiro muda completamente o cenário de Giselle é gostoso de ver, pois ela vai de ´´simples dona de casa e Mãe“ para a vilã cautelosa e fria que com seu parceiro Beep (esquilo boa parte do tempo) quer tomar o novo reino para si.
Há muitas participações conhecidas no filme que nos divertem, tudo em uma medida certo, bem dosado e amarrado como talvez até não tenha sido o primeiro, clichê como se esperava que fosse ao fim de Desencantada Giselle nos explica o titulo então do filme, que se tratou de mostrar para ela e para nós que mesmo que aqui no mundo real, mesmo sem um ´´Feliz Para Sempre“ a felicidade verdadeira não está na perfeição dos contos de fadas, e sim na imperfeição de cada dia de nossas vidas, ela paga o preço de seu ´´Felizes Para Sempre“ e isso é deixado claro, mas também, o que dura para sempre não é? Giselle fica Desencantada em relação aos seus contos, mantendo ainda sim sua essência que vem da terra da fantasia, Amy Adams nos encanta mais ainda neste filme, que nos mostra que nem sempre é preciso uma fantasia perfeita para sermos de fato felizes com quem amamos.