Crítica: Meu Pai (The Father)
O nosso site foi convidado para a cabine de imprensa da Califórnia Filmes para o elogiado Meu Pai (The Father).
Trazemos a você em primeira mão, a nossa opinião sobre este drama inglês, indicado a 6 Oscars incluindo melhor filme, melhor ator, melhor atriz coadjuvante e roteiro adaptado.
“Emocionante e doloroso o retrato da demência na velhice pela perspectiva de seu protagonista e suas relações familiares. Anthony Hopkins em uma atuação magistral “- Nerd Tatuado
O Apartamento
Envelhecer não é fácil quando isso acontece com entes queridos, tornam-se crianças novamente necessitando de ajuda e isso só piora quando vem doenças que afetam principalmente a mente, como Alzheimer e a demência.
Meu Pai nos faz entrar neste mundo e como palco central, o diretor francês Florian Zeller usa o apartamento de Anthony e sua filha Anne.
Foi inclusive de sua própria peça teatral que Florian adaptou o roteiro para o cinema. Sua contundente forma de desenvolvimento e diálogos entre os protagonistas nos faz lembrar filmes como o francês Amour. A transição teatral para o cinema é feita lindamente mesmo em um local de espaço pequeno onde vemos por diferentes perspectivas.
Anne (Olivia Colman) uma filha preocupada e devota tenta a todo custo arranjar cuidadoras para o seu Pai Anthony (Anthony Hopkins), pois irá se mudar para Paris com o novo companheiro, e sua preocupação maior é pelo bem estar do pai. Por sua vez, Anthony acredita que tenha um complô para que a filha fique com o apartamento.
Ele se sente cada vez mais ameaçado por coisas estranhas que vem acontecendo ao seu redor. Ele se recusa a ter cuidadoras e Anne vendo o sofrimento do pai, suas confusões mentais, pode ser levada a tomar medidas drásticas pela segurança do mesmo.
Anthony Hopkins com uma atuação esplendorosa, engrandece seu personagem Anthony a cada cena!
Juntamente com Olivia Colman, eles têm atuações tocantes e uma conexão muito forte de amor entre pai e filha… Suas interpretações são simplesmente extraordinárias.
Meu Pai
Anthony (Anthony Hopkins) é um charmoso senhor de idade que aparenta sofrer episódios frequentes de amnesia ou confusão mental e vemos por sua perspectiva o que acontece em sua vida diariamente, sendo as confusões inclusive, em não reconhecendo a filha Anne.
Também temos a visão de Anne onde Olivia Colman está divinamente maravilhosa no papel da doce e devota Anne que se preocupa e sofre com o estado de saúde do pai. Anne muitas vezes se ressente pelo comportamento do pai e sofre muitas vezes calada.
O tempo é muito relativo no filme visto que é sobre a ótica do pai que acompanhamos o desenvolver da história.
“Pais e filhos uma relação de amor e preocupação do início ao fim” – Nerd Tatuado
A relação de Anne com o marido Paul está ruindo devido ao comportamento de Anthony. Uma trilha de suspense sempre ecoa no filme, com toques de ópera ajudando a desenvolver o enredo de forma sublime. O elenco de suporte aumenta ainda mais o poder de emoção que o longa busca passar para o espectador.
A demência é uma triste realidade e suas implicações afetam muito a vida familiar. Não é fácil lidar com ela e a produção exemplifica isso da melhor maneira.
As cenas finais são de partir o coração. O filme é sim muito merecedor dos prêmios e indicações a quais ele está recebendo. Uma história que vale muito a pena ser vista.
Ele chega nas plataformas digitais para compra no dia 08 de abril e depois no dia 28 do mesmo mês para aluguel. A California Filmes não descarta um lançamento nos cinemas, mas vai depender da situação que vivemos no país.