Crítica | O paciente (2022)
Redator convidado: Edvaldo Ferreira
“O paciente”, seriado original Star+, não irá te aterrorizar com cenas lindas ou tons pastéis, toda experiência será real e tão simples que pode te passar desapercebido tamanha crueldade do texto.
O seriado de suspense psicológico criado por Joel Fields e Joe Weisberg (The Americans), trata de um psicanalista (interpretado pelo Steve Carell) que é sequestrado por um de seus pacientes (Interpretado pelo Domhnall Gleeson) em busca da cura para sua psicopatia.
Tratamento de choque
O personagem aqui, um objeto comum a hollywood hoje em dia, o psicopata ou serial killer dos quais existem a exaustão seja real ou ficcional. Então qual seria o diferencial de O paciente?! Tentar responder essa pergunta sem entrar na mente dos personagens seria impossível. E isso é feito de forma brilhante através de um roteiro e narrativa que te conduzem ao clima de tensão tão extrema em total contradição com os outros aspectos da série, pois a direção e fotografia sempre muito simples e até trazendo um tom de calmaria para a mente e é totalmente corrompida quando nos damos conta de ali não se trata de uma história feliz.
Existe solução? Luz no fim do túnel?
A condução de O paciente, é uma via de várias possibilidades. Talvez seja como a mente humana, contida dentro de um crânio e com opções infinitas dentro de um espaço curto, o que se contrasta com uma sala improvisada como quarto, uma cama, uma perna acorrentada, duas cadeiras e além disso seria estragar o que é uma das grandes experiências com um dos melhores textos que temos na indústria, e o que poderíamos esperar de quem criou o aclamado seriado de espionagem The Americans (disponivel no Star+). O paciente irá te envolver nem emaranhado do qual vocês não serão capazes de sair até que suba os créditos finais do último episódio.