Crítica| Órfã 2: A Origem – Um terror requintado
Crítica feita por Luiz Eduardo Jr.
Com seu primeiro filme vindo em 2009 e sendo uma surpresa (das boas), A Órfã ganhou o público com a aposta do diretor Jaume Collet-Serra e da dupla de roteiristas David Leslie Johnson; Alex Mace em fazer uma história de terror leve porém sangrento onde os expectadores descobrem que a mera e doce criança Esther (Isabelle Fuhrman) é na verdade uma adulta psicopata e assassina.
Desde os acontecimentos então se passaram 13 anos e não se imaginaria, mesmo que ainda muitos quisessem, que se poderia sair outro filme com uma história tão boa quanto a do primeiro para se contar. E de fato, o filme não se sobressai sobre o primeiro, pois na primeira experiência você tem todo o fator do Plot Twist inesperado, um início de trama que vai te instigando a querer saber o que haverá a seguir, e a angústia de tentar entender a justificativa de uma “simples” criança ser tão agressiva.
O Segundo filme, logo vem com um começo preguiçoso e parece apressado, onde as coisas vão acontecendo de forma conveniente, mas isso vem do fato de quererem mostrar a capacidade e o quão Esther pode ser má. Uma das coisas que se mostra no filme é o fato dela nem sempre ter matado as famílias, ela os roubava e os deixava para trás, e ao longo do filme fica claro as experiências que ela leva com ela e que
vimos em ação no primeiro longa.
Se tivemos Vera Farmiga no primeiro filme, neste agora temos uma atuação “surpreendente” de Julia Stiles, a atriz que já tinha dado seu nome em outras produções de Hollywood, tudo indicava que ela seria uma mera vítima da pequena Psicopata porém, é apenas quando ela também se revela que o filme realmente funciona, desde sua química sensacional com Isabelle Fuhrman suas mudanças de humor de uma simples fala para outra e quando essas duas realmente começam a interagir diretamente o filme se salva, isso já do meio para o final.
O Diretor William Brent Bell ( Boneco do Mal 1 e 2) consegue em muitos momentos dar o tom que o filme precisa, para nos levar de um mero susto até a aflição de querer ver o desenrolar de uma perseguição, o roteiro do David Coggeshall, fica perdido em alguns momentos entre algumas piadas e a tensão, quando as duas personagens principais estão no meio disso, soa de forma tão agradável que te faz aceitar, mas quando tenta envolver
outros personagens você percebe que o filme se perde em seu tom e proposta.
Da pra se concluir que pra um filme que não prometia quase nada, e deixou todos curiosos sobre o que seria seu Plot Twist dessa vez, entrega o suficiente para se sair satisfeito e entender um pouco mais certos momentos do primeiro longa.