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CRÍTICA | PANTERA NEGRA

Pantera Negra chega aos cinemas pra provar pro mundo que filmes de super heróis não são coisa de criança!

 

Em time que está ganhando não se mexe, certo? Errado! A Marvel aprimorou a fórmula e finalmente aprendeu a usar o alívio cômico sem ferir a dignidade de nenhum personagem, fazendo de Pantera Negra o seu melhor filme até o momento!

Sim, meus caros, eu não estou exagerando. As mensagens passadas de conotação política durante toda a trama são muito fortes e atuais, tornando-se um marco de seriedade no MCU. Mas não deixa de ser divertido!

 

A bela aproximação aérea de Wakanda

Enfim, vamos por partes, como faria Jack, o estripador! Apesar do Pantera ter aparecido nas telonas pela primeira vez em Capitão América: Guerra Civil, pouco se sabia (no cinema) sobre a origem de Wakanda e seus defensores. Nesse aspecto, o filme funciona muito bem como apresentação de personagem, de forma muito sucinta, mas fluida, sem cansar o público.

A história do surgimento de Wakanda e do primeiro Pantera Negra é contada ainda no primeiro arco, de uma forma que chega a ser poética. É uma excelente adaptação do material criado por Jack Kirby e Stan Lee. Você pode conferir essa origem de forma mais detalhada acessando nosso vídeo: Conhecendo o personagem – Pantera Negra.

Cultura e Política

Duas mensagens são muito fortes: a cultural e a política. Você consegue sentir empatia pelo antagonista Erick Killmonger e acompanhar a jornada de T’Challa pelas decisões tomadas por seus antecessores e a reflexão sobre suas consequências. T’Challa cresce durante o filme, enquanto nos ensina o verdadeiro sentido de liderança e quando ela se confunde com tirania.

Erik Killmonger (Michael B. Jordan) e T’Challa/Black Panther (Chadwick Boseman)..Foto: Matt Kennedy..©Marvel Studios 2018

Em termos de efeitos especiais, locações, figurinos… O filme é de uma riqueza impressionante, de fazer brilhar os olhos! Toda a tecnologia apresentada em Wakanda, apesar de futurista, é uma ideia facilmente comprável. Ryan Coogler apresenta um roteiro linear, com começo, meio e fim bem cortados e fechando a ideia sem fios soltos, Pantera Negra é a melhor forma de começar o ano!

A cultura negra é lindamente detalhada em vestimentas, costumes, ritos, danças, força e imponência. É impossível não se encantar com a riqueza de cultura e o trabalho dos figurinistas e produção de design. As Dora Milaje são um deleite à parte, mostrando fidelidade e a força das guerreiras de Wakanda.

Dora Milaje – as guerreiras protetoras do Rei

Apesar de apresentar muitos personagens, cada um tem sua importância e seu lugar na trama. Usar um líder tribal como M’Baku como alívio cômico foi bem dosado e inteligente, sem comprometer a seriedade da história. Talvez, apenas talvez, o Ulysses Klaue, também conhecido como Garra Sônica, tenha sido subutilizado, mas ok, sem ressentimentos.

Pra terminar em grande estilo e nos fazer estufar o peito, T’Challa usa um provérbio africano (inclusive usado recentemente pelo Papa Francisco), que vai te fazer entender a referência no contexto real. Pra evitar spoilers, apenas não perca as duas cenas pós-créditos!!!

Pantera Negra chega aos cinemas brasileiros em 15 de fevereiro de 2018. Conte pra gente a sua experiência com esse filme fantástico!

Susy Ferreira

Formada em Turismo e pós-graduada em Administração Financeira, consumidora compulsiva de qualquer material Sci-Fi, colecionadora de bons livros, cinéfila, tatuada, gamer por diversão, crítica amadora e metamorfose ambulante. Super poder: maratonar temporadas inteiras de séries em um único dia. Ponto fraco: música ruim é kriptonita.