CRÍTICA | TAU: o novo sci-fi da Netflix
O novo longa sci-fi da Netflix, TAU, é uma experiência incrível de relacionamento entre humanos e máquinas!

Em 29 de junho estreou na Netflix sua mais recente produção cinematográfica americana: TAU. Com direito à Gary Oldman no elenco (na verdade, apenas sua voz), o novo thriller ficcional do serviço de streaming mostra seu potencial crescente de produção.
A história certamente é futurista, apesar de esse fato não ser citado, possivelmente se passa num futuro não muito distante. O longa traz uma protagonista feminina de personalidade imponente, que é sedada e sequestrada e acorda em cativeiro.

Julia não sabe como ou porque foi parar lá, mas sabe que precisa escapar, pois já conheceu seu raptor e sentiu do que ele é capaz. Junto com os outros prisioneiros, ela trama uma fuga que funciona até certo ponto. Porém, eles se deparam com a fúria de um robô regido por uma inteligência artificial e apenas ela sobrevive.
Dessa forma, Julia conhece TAU, a IA que obedece apenas ao seu criador, Alex. Este último, um gênio psicopata, usa cobaias humanas para experimentos na área de neurociência.
Considerações
A ideia do longa é mostrar que a interação de uma IA com seres humanos pode gerar auto-ciência e, de certa forma, sentimentos. A partir do segundo arco do filme, TAU demonstra interesse em aprender, tira conclusões sobre questões fundamentais da sua existência, apresenta fúria, senso de justiça e até compaixão! Da mesma forma, Julia acaba se afeiçoando à TAU, principalmente depois que descobre que ele sofre maus tratos nas mãos de Alex, que apaga partes de sua programação como punição por não executar tarefas ao seu agrado.

O estreante Federico D’Alessandro começa a imprimir sua marca como diretor: o trabalho de câmera é muito bem feito, com uma fotografia bem pensada para acentuar as sensações de cada tipo de cena. Em termos de efeitos, não existe nada inovador, mas a sincronia dos filtros quentes e frios com a trilha sonora é perfeita, causando sensações latentes nos expectadores.
O roteiro de Noga Landau é muito bem bolado e inteligente, facilmente crível e traz uma implícita mensagem de segregação social. Entretanto, o tempo compromete a experiência, visto que o longa conta com 1h37min de duração, o que é pouco para explicar muitas coisas que ficaram pendentes como: quem é o Alex? De onde ele veio? Qual é a finalidade do experimento? E outras questões que eu não vou falar pra não dar spoiler!
TAU vale a pena?
Vale! E muito! Primeiramente, um grande ator é grande até mesmo usando apenas a voz, e Gary Oldman nos permite sentir toda a inocência de TAU e o crescente do personagem ao longo do filme, através da sua entonação. A jovem Maika Monroe também demonstra potencial para o drama na pele de Julia.
Com um cenário restrito, mas completamente coerente, TAU cria expectativas para as futuras produções da Netflix!
Não deixe de conferir o trailer abaixo: