Demolidor | Crítica 3ª Temporada
Stick: “A Inteligência não vem nos livros, Garoto. Inteligência é tomar a decisão certa no momento certo!”
Stick diz isso à Matt Murdock no início da série, e ao longo das três temporadas até aqui, podemos ver que em momentos Matt é guiado por essa inteligência e em outros tantos ele deixa a fúria lhe guiar. Exatamente por isso que o Demolidor é um herói tão humano e a Netflix, mais uma vez, soube trazer toda essa humanidade para uma história fantástica, não erro ao dizer que o Demolidor é a melhor série de herói da atualidade.
A temporada tem como vilão – novamente – Wilson Fisk, com mais uma atuação excelente de Vincent D’Onofrio, que já é chamado de Rei do Crime pelos seus capangas e faz jus ao título, com certeza. O enredo é muito coerente e a série entrega cada detalhe com precisão, até os episódios de flashback são muito bons e ajudam bastante a entender a história. Matt inicia a temporada logo após os acontecimentos do final dos Defensores e tem um embate pessoal sobre sua jornada.
A jornada pessoal do Demolidor é fantástica, a história foi baseada na série de quadrinhos “A queda de Murdock”. No meio dessa jornada, as relações, as crenças, os aliados, os inimigos, todo o universo que envolve Matt é afetado e posto a prova. No meio de tudo isso é válido salientar a introdução do Mercenário, um personagem muito bem trabalhado! Suas lutas são fantásticas e com certeza veremos o personagem novamente na próxima temporada.
Foggy e Karen também mostram que podem lutar de uma forma diferente e isso nos leva sempre a refletir: é possível vencer um sistema corrupto, dentro da lei? É preciso assistir para entender a pergunta, a temporada é excepcional e vai além das expectativas, é possível se emocionar com facilidade com o desenrolar do embate final onde o grito de Matt representa tudo o que foi necessário para chegar até ali. O Demolidor é um herói tangível.
