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Elden Ring Nightreign: Jogamos o beta e contamos tudo

A FromSoftware surpreendeu os fãs ao anunciar Elden Ring Nightreign, uma nova experiência multiplayer ambientada no universo de Elden Ring. O jogo ainda está em fase de testes, mas tivemos a oportunidade de participar do teste de rede beta e trazemos nossas primeiras impressões sobre essa nova proposta.

De início, é importante ressaltar que não sou um jogador experiente do gênero. Nunca joguei um Soulslike, e os primeiros momentos no beta foram um verdadeiro batismo de fogo. Morri várias vezes, e meus companheiros de equipe certamente não ficaram felizes com isso. Mas, conforme aprendi a mecânica de armas e itens, comecei a entender a essência do jogo – e, no fim das contas, achei um jogaço.

Nightreign é um battle royale?

Apesar das semelhanças estruturais com o gênero, Elden Ring Nightreign não é um battle royale. Não há elementos PVP no jogo, mas a dinâmica lembra um pouco esse estilo: você e seu esquadrão começam sem nada, exploram o mapa para se fortalecer e enfrentam desafios progressivos até a batalha final.

As influências são claras: desde o risco-recompensa de saquear uma igreja para conseguir mais frascos de cura até o sentimento de frustração ao perder tudo depois de uma longa jornada. Porém, após quatro horas de testes, posso dizer que Nightreign mantém a essência do universo Souls e não compromete a identidade de Elden Ring.

Escolha sua classe e monte sua estratégia

Ao iniciar uma partida, o jogador pode escolher entre quatro classes disponíveis no beta, mas oito estarão presentes no lançamento:

  • Wylder: um personagem versátil e equilibrado;
  • Duchess: rápida, ágil e com alto dano, mas frágil;
  • Guardian: tanque robusto, ideal para defesa e suporte;
  • Recluse: usuário de magia extremamente poderoso, mas que sofre com a falta de FP.

Cada classe tem um caminho de evolução e habilidades únicas. Por exemplo, o Wylder possui um ataque explosivo, o Guardião pode erguer um escudo que nega dano e revive aliados, e o Recluso pode amaldiçoar inimigos para conceder buffs aos aliados.

O jogo se passa em Limveld (não Limgrave), e a partida começa no Roundtable Hold de Nightreign. Você pode jogar com amigos ou usar o matchmaking para encontrar companheiros aleatórios. Após uma cutscene introdutória, os jogadores são lançados no mapa e a corrida começa.

Cada rodada dura entre 30 e 45 minutos e é dividida em cinco fases: dia um, noite um, dia dois, noite dois e o chefe final. Durante o dia, o mapa está aberto para exploração, permitindo que o time suba de nível e colete equipamentos.

Os locais exploráveis incluem igrejas, que possuem frascos extras para cura; construções decadentes, onde você pode encontrar mini-chefes que garantem equipamentos poderosos; além de acampamentos inimigos e desafios baseados em quebra-cabeças que oferecem recompensas especiais.

A movimentação pelo mapa é essencial, já que um círculo de contenção obriga os jogadores a se deslocarem constantemente.

Combate e evolução

O sistema de evolução do personagem foi otimizado para a nova proposta. O level up acontece instantaneamente em um Site of Grace, sem necessidade de longos menus. As armas e itens também desempenham um papel fundamental na progressão:

Não há seleção de armaduras no beta, apenas armas e amuletos; cada arma equipada concede bônus passivos, mesmo que não esteja em uso e os modificadores de status influenciam diretamente na jogabilidade e podem criar builds poderosas.

Além das armas, ao derrotar inimigos, os jogadores recebem relíquias, que concedem buffs permanentes entre partidas. Esse sistema adiciona uma camada de estratégia, pois as escolhas feitas em uma rodada podem impactar o desempenho nas seguintes, para bem ou mal.

Enquanto o período diurno é focado em exploração e progressão, as noites são momentos de alta tensão. Quando o círculo se fecha, é hora de enfrentar um chefe noturno. A primeira noite pareceu um teste inicial para a equipe, que definindo o ritmo da partida; já na segunda noite enfrentamos um desafio bem maior, onde os jogadores enfrentam chefes como o Demônio Centopeia ou os temidos três Cavaleiros Sentinelas; foi aqui que comecei a entender que certas builds e combinações entre parceiros na equipe são realmente capazes de trivializar alguns combates. Mesmo tendo passado por desastres em minhas primeiras partis, devida minha incompetência, logo foi possível descobrir que este não era o maior desafio do game.

Mas após a segunda noite, os jogadores podem gastar suas últimas runas para melhorias antes de encarar o inimigo derradeiro. Este sim, fazendo jus a tudo que sempre houvi dizer sobre os jogos no estilo Sous. Os combates exigem coordenação e estratégia, pois a mecânica de reviver aliados depende de ataques ao corpo abatido, tornando cada queda mais difícil de ser revertida. Você perde segundos valiosos enquanto está na mira de um chefe imparável. Na última batalha, todos os jogadores precisam tomar cuidado por si e para não prejudicar todo o grupo. 

Vencer realmente oferece uma sensação satisfatória de superação de um enorme desafio. 

Nightreign mantém a identidade de Elden Ring

Mesmo com sua proposta diferenciada, Elden Ring Nightreign mantém o espírito desafiador da franquia. A sensação de superar chefes poderosos, encontrar sinergias inesperadas entre armas e melhorar a cada tentativa cria um loop viciante.

Apesar de algumas limitações – como a quantidade de conteúdo disponível no beta –, a experiência já mostra grande potencial. Se a FromSoftware conseguir expandir e equilibrar bem os desafios, Nightreign pode se tornar uma adição incrível ao universo Soulslike.

Agora, resta aguardar o lançamento oficial em breve. Até lá, continuamos ansiosos para retornar a Limveld e encarar mais desafios épicos.