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Entrevista| Priscilla Pugliese – diretora e roteirista Stupid Wife

O Nerd Tatuado entrevistou a atriz, diretora, roteirista e produtora Priscilla Pugliese que tem no currículo webséries como A Melhor Amiga da Noiva, The Stripper com milhares de visualizações e também o fenômeno Stupid Wife a seríe inclusive acaba de ganhar os principais prêmios na Rio Web Fest o maior festival de webséries incluindo melhor série de drama, melhor serie( voto popular ), melhor elenco e melhor atriz de drama (Priscila Buiar).

Fala pessoal do Nerd Tatuado! Estou muito feliz de estar fazendo essa entrevista com vocês e muito feliz com o sucesso de Stupid Wife também. É uma série que eu tenho muito carinho e um texto pelo qual tenho muita paixão, há muito tempo! Foi uma das primeiras fanfics que eu li e a primeira que, de fato, me apaixonei de verdade. 

É uma honra poder transformá-la em uma websérie, em saber que está agradando a galera e que tem um público novo, que não conhecia a fanfic, mas que está gostando da história, que está comprando a ideia junto com a gente! Além disso, o público também que já conhecia a fanfic e está apaixonado pela websérie. 

Esse resultado, com certeza, é um trabalho em conjunto com toda a equipe, com todo o elenco, que são pessoas maravilhosas e que construíram essa série de uma forma muito linda!

NT: Priscilla você é atriz de formação. Como foi o processo de se transformar em diretora e roteirista de webseries?

Priscilla Pugliese: Acredito que foi mais por necessidade, sabe!? A gente estava no começo. Era eu e o Rodrigo, então alguém tinha que escrever, alguém tinha que filmar, alguém tinha que ver o figurino e essa parte, de criação, é uma que eu gosto mais. A adaptação e escrita do roteiro, a fotografia, são os lugares que eu gosto mais de estar! Logo de cara, já falei “eu quero escrever o roteiro, deixa comigo essa parte” (risos)!. Já a direção está muito conectada com os atores e acredito, que todos os atores deveriam passar por esse processo de dirigir. Se não me engano, nos Estados Unidos, eles têm uma modalidade muito interessante, em que os atores dirigem a diária de uma série. Isso é fantástico! O ator tem que ter uma visão também de fora, da criação.

cena da websérie Stupid Wife

NT: Na websérie Stupid Wife vemos que ela é muito mais gestual seja na forma de pequenos gestos ou de olhares você acha que por ser atriz, fez uma grande diferença na direção?

Priscilla Pugliese: Eu acho que sim, porque eu me vejo ali, então eu consigo passar para as atrizes o que idealizo, literalmente fazendo a cena. Dentro da direção, tenho um processo que faço com as meninas, em que primeiro eu converso com elas, explicando toda história, o que se passa antes e o que pode ocorrer depois, até porque, o personagem ainda não sabe o contexto. Em seguida, explico a intenção do personagem para cada ator e peço para passarem a cena. Se estiver tudo ok, bora lá, foi! Caso não esteja, eu acabo fazendo a cena para que vejam. Acho que aí entra o meu conhecimento como atriz. Gosto de estar ali, gosto de mostrar para eles e com eles. Também os incentivo, “vamos lá, me mostre a sua intenção, encenando comigo, para eu entender para onde você quer ir”. De certa forma, ajudou muito para que eu pudesse compreender melhor como funcionava. Talvez, se eu não fosse atriz e não tivesse estudado para direção, eu não saberia fazer um pouquinho desse papel, no qual estou aprendendo constantemente.

NT: E como foi adaptar uma história que já tinha uma grande base de fãs e da qual você também já era fã?

 

Priscilla Pugliese: Olha eles me conhecem (risos)! Existe o medo muito grande de não agradar ao público, de tentar ser fiel à fanfic, sabendo que mesmo assim é muito difícil ser 100% fiel, levando em consideração que o audiovisual é diferente. Algumas coisas na fanfic, não temos condições de reproduzir, financeiramente falando, às vezes, outros elementos que acabam não sendo para o audiovisual, trazemos um pouco mais para a realidade. Eu tinha uma preocupação muito grande de saber se as pessoas iriam gostar do meu trabalho e do Fábio, que foi o autor que escreveu comigo. Outra preocupação, é que eu queria trazer algo novo e sempre falava isso com Fábio, “vamos trazer alguma coisa para surpreender as pessoas, elas não estarão esperando, nem mesmo quem leu a fanfic”. Existia um medo do novo, mas ele me deu um suporte muito incrível, foi meu braço direito. Líamos juntos, discutíamos e isso foi muito importante para mim.

NT: Qual foi a maior dificuldade que você enfrentou para fazer a websérie?

Priscilla Pugliese:Em relação ao roteiro, uma das nossas maiores dificuldades, foi encontrar um diagnóstico que realmente existisse dentro do que a Luiza estava passando, porque não estava dentro da fanfic, foi algo que criamos. Pensávamos em como fazer com que fosse realista, até porque eu não sou médica, nem Fábio, muito menos somos psicólogos, então tivemos esse trabalho. O Fábio foi conversar com profissionais especializados, que pudessem ajudar a desenvolver esse diagnóstico.

Mas, no geral, a maior dificuldade, acaba voltando para questões financeiras, como não poder contratar a disponibilidade full time dos atores, por exemplo. Ficamos reféns de datas baterem, como datas para cenas que tinham todos os atores ao mesmo tempo. O especial de Natal foi um desses casos, em que tínhamos todos juntos. Mesmo assim, algumas cenas não conseguimos gravar, tinha participação, mas o ator não podia participar. Se tivéssemos exclusividade e a contratação desse elenco, essa dificuldade não existiria. Tudo acaba voltando para a questão financeira, nesses casos.

NT: A Ponto Ação Produções é uma produtora independente composta em quase 80% por mulheres como surgiu a ideia de criar essa produtora? Poderia contar um pouco da história dela?

Priscilla Pugliese:É engraçado, porque comigo não existia isso de contratar mulheres para fazer isso, ou contratar homens para fazer aquilo. As mulheres foram surgindo no caminho. Parece que o universo conspirou a esse favor, tanto para mim, quanto para Natalie (Natalie Smith). Ela sempre indica muitas pessoas. Agora que começamos a buscar pessoas à nossa volta, mas a Natalie sempre indicou bastante profissionais de equipe técnica, por exemplo. Lá no começo, eu tinha meus contatos também, mas acabaram. Todos eles trabalham hoje em dia com a Ponto Ação, ainda bem. Sempre surgiam mulheres, entendo que o universo quer mesmo que a gente tenha esse laço. 

Sobre criar a produtora, eu estava fazendo um curso e estava prestes a me formar, quando os professores nos aconselharam que não deveríamos ficar reféns do mercado. Que hoje e, já naquela época, tínhamos o YouTube, uma das maiores plataformas, em que poderíamos fazer vídeos. Isso ficou na minha cabeça, porque eu sou capricorniana e sempre quero estar à frente do tempo, esse meu lado de liderança sempre existiu. Na escola, eu era representante de turma, era cabeça do trabalho, então sempre quis ter algo meu, algo produzido por mim. Eu fiz uma série na época, foi maravilhoso, mas a gente não conseguiu terminá-la. Era uma série vista pela minha família, família da galera e tinha lá suas mil, 2mil, 3mil visualizações. Eu pensei “cara, não quero isso. Eu quero fazer algo maior. Quero que o mundo veja, quero que as pessoas conheçam a minha arte”, isso era o que eu sonhava. E aí surgiu a ideia de criar uma produtora. Foi conversando com Rodrigo, que compartilhei a vontade de ter uma produtora. Eu não visionava uma série que atingisse apenas a minha família, e sim fazer várias séries para o mundo. O desejo era que minha arte transformasse as pessoas, não estando refém do mercado, podendo falar o que eu quero falar, sem que tivesse alguém me obrigando a falar ou me ditando a falar. Nasceu assim, essa vontade de produzir, de representar, sem medo. 

NT: E a história da parceria entre você, o Rodrigo Tardelli e a Natalie Smith?

Natalie Smith, Priscilla Pugliese e Rodrigo Tardelli

Priscilla Pugliese: O Rodrigo é um ator que já trabalhou comigo antes. Os meus dois outros amigos, que eram os sócios na época, acabaram saindo da produtora e eu estava sozinha. O Rodrigo era uma pessoa que sempre estava com a gente, sempre que podia ajudar, ajudava. Até escrever! Ele olhava o que eu escrevia, me dava opiniões, então eu vi a oportunidade e o convidei para ser meu sócio. Foi em uma das nossas conversas, inclusive, que ele surgiu com o nome da Ponto Ação. Já a Natalie, apareceu como atriz também, de paraquedas. Estávamos precisando contar uma história e uma das atrizes, que seria uma das protagonista, não poderia continuar, foi aí que a Natalie entrou. Conversamos e foi muito legal, porque foi uma indicação de uma amiga minha que mora em Aracaju, sabe!? A Natalie, eu acho que foi o equilíbrio que a gente precisava, nessa coisa mais zueira demais, de ter a  comunicação, de ter contato com algumas pessoas, para trazer também para perto. Foi assim que se formou a Ponto Ação Produções!

NT: O quão importante é o papel da mulher no audiovisual para você?

Priscilla Pugliese: Olha que engraçado, as pessoas perguntam para mim quem são meus ídolos, aí paro para pensar na mulher e o audiovisual, me vem a Giovanna Antonelli na cabeça. Todo mundo sempre pergunta “quem que você admira no cinema?” e, cara, temos muitos atores incríveis, só que três mulheres sempre se destacaram para mim: a primeira, a Giovanna Antonelli, que eu sou completamente apaixonada. É brasileira e eu gosto do Brasil, desse amor pelo Brasil. A segunda, é a Emma Watson, porque eu vivia minha infância conhecendo  Harry Potter, quando acabou, achei que não a veria mais. Mas ela fez vários outros filmes depois. Eu admiro demais essa menina como ser humano! E tem a Meryl Streep que, para mim, é um monstro! São também pessoas, que lá atrás, outras pessoas falavam que não eram capazes. Mas elas focaram e conseguiram. De verdade, na minha opinião, são as melhores atrizes do mundo!

A importância da mulher no audiovisual, e eu não vou responder só no audiovisual, mas em qualquer cargo de liderança, é para que a gente quebre tudo que tentam impor para a mulher, sabe!? É inspiração para que outras mulheres confiem mais em si mesmas, conseguindo assim crescer cada vez mais. Ver atrizes interpretarem mulheres delegadas, em cargos de lideranças, cresce a  esperança para mulheres que assistem e que, às vezes, não se sentem boas o suficiente. 

NT: Como mencionado na Eclipse tour você e sua equipe enfrentaram alguns problemas em relação a custos, edição e até mesmo perda de uma parte do que foi filmado se não me engano, como foi lidar com isso ao longo dessa jornada na 1 temporada?

Priscilla Pugliese: Graças a Deus, tenho uma família muito boa comigo, porque o tanto que eu chorei, não está escrito! Antes de sair, até depois que a série saiu, o ditado fala “não está no gibi”. Talvez, se não fosse a estrutura familiar que eu tenho, fora uma equipe maravilhosa, que me dá todo suporte, eu não teria lidado tão bem. Assim que a minha mãe e meu irmão, que estavam lá comigo, vendo tudo que a gente estava passando, como eu falando que não era para ser, que essa série não sairía – confesso que eu me questionei em relação a isso, porque foram muitos  problemas -, eles me apoiaram. Tivemos uma base muito legal, entre eu e a Natalie. Quando uma estava surtando, a outra estava ali, acolhendo. Só que em um dia, uma ligou pra outra e começou a chorar. Foi o dia que tínhamos perdido parte da edição. Os episódios estavam prontos, aí o Lucas foi olhar no computador, o programa abriu, mandou para gente e, quando eu fui ver, percebi não estava com fizemos na edição. Ele abriu o programa e, realmente, não estava mesmo. Perdemos tudo e isso faltando 10 a 15 dias para estrear, não lembro bem. Eu sei que minha estrutura familiar me ajudou muito! Minha mãe me apoiando e acreditando em mim o tempo inteiro. Falando comigo, me dando comida na boca, praticamente. Isso ajudou muito para que a gente não desistisse. Mas, se eu pudesse dar um conselho a alguém, daria um conselho que minha mãe me deu durante todo esse tempo: a gente precisa ter fé! Às vezes, damos um passo para trás, para dar dois para frente. Ela falou que nada acontece por acaso, está acontecendo para sair da sua zona de conforto, que pode ser de conforto pra você, mas que te leva para outra melhor. É ter fé e saber que dar um passo pra trás, pode significar que logo, logo, você vai dar 2, 3 ou mais para frente. O segredo é ter muita paciência, calma e acreditar bastante que vai dar certo! 

NT: Em outros vídeos/entrevistas e podcasts foi mencionado o cuidado que a produção e direção teve em relação as cenas mais sensuais seja no modo de filmar ou deixando as por último e isso também é notado durante os episódios em que as personagens voltam a se reconhecer ao longo da série poderia contar um pouco mais desse processo? Você acredita que por terem sido duas mulheres dirigindo as cenas evitou-se a hiper sexualização nessas cenas?

Priscilla Pugliese:Na verdade, existe um processo do audiovisual, em que algumas cenas que são do começo, jogamos mais para o final, para que os personagens criem uma intimidade, para que pareça que eles já se conheciam há muito tempo. Em cenas que achávamos que existia uma importância maior, preferimos deixar mais para o final, criando esse laço mais forte, para chegar onde queríamos. 

Além disso, dependendo da cena, na verdade, todo mundo sai do set, deixando só alguém da direção e o câmera. Ficam poucas pessoas nos bastidores, porque temos esse cuidado também para que as meninas se sintam mais à vontade, criando uma confiança na gente. Sempre me coloco no lugar das atrizes. Eu já passei por situações de cenas que não me deixaram feliz e isso é muito triste como atriz e como pessoa crítica. Se olha e já não agrada, para nós, é pior ainda. Já passei pela felicidade de ver uma cena foda e eu amar aquela série e, também, já passei pela infelicidade de olhar e estar todo mundo falando “essa cena está incrível”, mas eu não conseguindo nem olhar. É muito ruim, sabe!? Por isso, as cenas assim, eu realmente me coloco no lugar, tento imaginar o que eu gostaria ou não de mostrar. Lógico que a gente também tem que entender que vivemos no profissionalismo, onde tem tempo limitado para gravar, onde tem circunstâncias, momentos que vai estar calor demais, estar frio demais, filmar dentro de uma piscina, como já fiz em uma filmagem, em um frio terrível. Tentamos dar o melhor para que tenha tranquilidade dos atores também. 

O Lucas é homem e o nosso diretor de fotografia, junto com a Nia, que participou da primeira temporada. Tenho uma confiança muito grande com ele. Eu sei que ele não vai fazer nada que ele também não gostaria que fizesse com ele, porque nas minhas primeiras cenas sensuais, de sexo, ele estava como o diretor de fotografia. Foi criado entre nós, um cuidado que é muito surreal, sabe!? Trabalhamos tentando trazer para o público algo mais sensual mesmo, gostoso de se ver e mais do que uma coisa simples que o público não vai admirar como tem que ser admirado e as atrizes vão se sentir felizes ao ver depois. Esse cuidado é essencial, independente de gênero.

NT: Stupid wife é uma série que está fazendo um enorme sucesso e chegando a mais de 35 países atualmente falando sobre a websérie, apesar disso acredito que não poderíamos deixar de falar sobre isso, mesmo tendo uma grande base de fãs, a série a produção e parte do elenco acabaram “ganhando”  parte de um fandom muito exigente até demais cobrando coisas um tanto quanto absurdas e sendo muitas vezes grosseiros e desrespeitosos com o trabalho de vocês. Gostaria de saber como vocês lidam e tem lidado com isso? O que você gostaria de falar para eles?

Priscilla Pugliese: Existe sim uma cobrança, até porque estamos fazendo uma fanfic que já é um sucesso por si só. As pessoas vão exigir de você sempre algo melhor do que o que você fez, isso é normal, isso acontece. Passamos por isso em “A Melhor Amiga da Noiva”, um pouco menos, mas em “The Stripper”, por exemplo, a galera abraçou de uma forma surreal, eu fiquei muito feliz por isso! Em Stupid Wife, realmente, tem uma cobrança mais forte do que foi antes, mas existem pessoas que querem somar com você, que elas vão te fazer críticas construtivas – e acho que a gente deve sim ouvir. Nem tudo a gente vai acatar, porque eu acho que tem coisas que são feitas e não é certo x errado, ou bom x ruim, são opiniões. Mesmo não acatando tudo, se dá pra melhorar, vamos fazer! 

Infelizmente, existem aquelas outras pessoas que estão ali só pra falar mal. Você pode fazer a série mais foda do mundo, pode fechar um contrato com a ABC, Warner Bros, que continuarão reclamando. A Disney faz filmes e as pessoas continuam reclamando, a Globo lança novelas, as pessoas continuam reclamando… Vão sempre ter essas pessoas que vão estar ali só pra reclamar, porque a vida delas é assim e porque não estão satisfeitos com ela.

Bem no começo, me machucava muito, porque eu não enxergava dessa forma. Eu achava que eram fãs que não estavam satisfeitos com o que a gente estava fazendo, por isso me machucava. Acredito que Deus me enviou na vida para que eu pudesse mudar a vida de outros de alguma forma. O dia que eu não estiver fazendo isso com a minha arte, estou fazendo errada. Eu chorava, ficava mal e muitas vezes me questionava se eu estava no caminho certo, mas com o tempo eu entendi que a gente tem que focar em quem está criticando pra te construir, quem está ali realmente com você, querendo subir com você e não com pessoas que estão querendo apenas te derrubar pelo prazer. 

Depois que terminamos de gravar especial de natal, a paz que isso gerou em mim… Inclusive, eu lembro que fiz um space no twitter e li um comentário assim: “nossa eu entrei pra brigar com a Priscilla, mas ela é muito pacífica”. Ali eu acho que eu entendi. Ok, tem gente que só quer brigar e não vão fazer diferença nenhuma. Na verdade eu nem gostaria de falar nada não. Gostaria de falar para as pessoas que estão dando críticas construtivas, para pessoas que estão ali apoiando, assistindo a série, queria agradecer por elas existirem, por estarem dando uma oportunidade para uma produtora independente e por elas estarem confiando na gente. Queria agradecer essas pessoas que realmente valorizam o trabalho, que entendem que a gente está aqui em uma guerrilha diária, lutando pra crescer e para fazer algo que talvez ninguém até então, tinha feito por elas. É isso de produzir, de falar sobre relacionamentos lésbicos de uma forma mais leve e não como algo agressivo. Não digo que como Ponto Ação fomos os primeiros e os únicos que fazem, mas estou dizendo que a gente faz por essas pessoas que passam por algo semelhante e precisam ouvir, que precisam assistir, então queria agradecer a você aí que apoia e que está com a gente. Muito obrigada mesmo por acreditar no nosso trabalho! 

NT: Poderia contar um pouco dos seus novos projetos falar um pouquinho do especial de Natal de Stupid Wife e da 2 temporada, um pouco dos seus sonhos que você gostaria de realizar em breve?

Priscilla Pugliese: O especial de Natal está saindo agora e está muito bonito galera! Fizemos com muito carinho, tentamos, de alguma forma, melhorar nossos equipamentos até para que pudéssemos gravar uma coisa melhor para o público. Foi um dos sets mais leves que eu trabalhei até hoje, nesse especial de Natal. Foi muito gostoso! Passamos por experiências de chorar, de se emocionar, de rir, de brincar. 

Já da próxima temporada de Stupid Wife, gente, não posso falar nada (risos). Mas enfim, vão vir muitas coisas boas, muitas coisas tensas. O especial é livremente baseado na fanfic, então vão ter muitas cenas diferentes da história original, mas não posso contar nada! Em relação aos novos projetos, também não posso contar, mas no ano que vem espero estarmos cheio de projetos para mostrar para vocês! 

O meu maior sonho é trazer uma vida confortável para minha mãe e eu tenho buscado muito isso há uns sete anos. Já venho tentando buscar um lugar onde eu possa falar pra minha mãe “vai curtir sua vida com meu irmão e está tudo certo! Bora  lá”! Quero proporcionar uma vida digna, uma vida de que a gente não sobrevive, a gente vive de verdade. 

NT: Poderia deixar uma mensagem pros fãs de SW, seguidores/pessoal do Nerd Tatuado?

Priscilla Pugliese Tem uma mensagem que eu sempre falo, mas muito importante continuar falando. Uma atriz chamada Isa González, que hoje é foda e está na Netflix , falou para mim assim: “se hoje eu consegui encontrar o meu rumo, por que você não vai conseguir?”. Ela continuou citando uma frase do Walt Disney: “Se você pode sonhar, você pode realizar”. A partir daí, eu não parei mais de sonhar! A frase tem funcionado. Se você tem um desejo, um sonho, algo que você queira realizar, não desista! Faça uma meta na sua vida e corra atrás disso, porque eu e a Ponto Ação, não nascemos da noite para o dia. Foi muito trabalho! Um dia queremos contar a nossa história para vocês em um documentário, com a intenção de fazer com que corram atrás dos seus objetivos! Tudo na vida é possível! Estou muito feliz e obrigada por tudo, gente!

 

 

 

Karen Araki

Nerd baixinha sem tatoo, apaixonada e entusiasta da cultura pop, ama tanto cinema como livros, série e tv.