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MOSTRA ‘A MULHER DA LUZ PRÓPRIA’ EXIBE O CLÁSSICO RESTAURADO ‘A MULHER DE TODOS’ EM BELO HORIZONTE

O clássico A MULHER DE TODOS, dirigido por Rogério Sganzerla em 1969, foi restaurado digitalmente em resolução 4K pela Mercúrio Produções com coordenação técnica de Débora Butruce e terá sua segunda exibição nacional em Belo Horizonte, em uma sessão gratuita no dia 21 de março de 2025, às 16h, no Cinema do Centro Cultural Unimed-Bh Minas. A restauração foi conduzida pela Mercúrio Produções, com coordenação técnica de Débora Butruce, a partir de materiais preservados pela Cinemateca Brasileira. Também contou com recursos para Digitalização de Acervos 2023 pela Lei Paulo Gustavo pelo Estado de São Paulo.

Esse trabalho teve como objetivo recuperar a versão colorizada do filme, criada com um método batizado pelo próprio Sganzerla como Sexycolor ou Dinamic Color. Diferente dos processos tradicionais da época, como Eastmancolor e Technicolor, essa técnica buscava uma estética única e experimental. A digitalização e restauração em 4K foram realizadas no laboratório Link Digital / Mapa Filmes.

A imagem, em ótimo estado de conservação, passou por correções de riscos leves. Já o som foi tratado por José Luiz Sasso para minimizar ruídos e distorções.

Helena Ignez, um dos nomes mais revolucionários do cinema brasileiro, ganha sua primeira retrospectiva integral como diretora na Mostra “A Mulher da Luz Própria”, em Belo Horizonte. Pela primeira vez, todos os filmes que dirigiu serão exibidos em uma única mostra, acompanhados por obras em que atuou e títulos que marcaram sua trajetória. Atriz de filmes icônicos como “O Bandido da Luz Vermelha”, “O Padre e a Moça” e “A Mulher de Todos” e parceira de criação de cineastas que transformaram a linguagem cinematográfica, Helena também construiu uma trajetória autoral como diretora. Entre os anos 1960 e 1970, ela revolucionou a relação entre corpo e câmera e construiu uma filmografia singular, agora reunida nessa retrospectiva inédita.

De 20 de março a 4 de abril, no Cinema do Centro Cultural Unimed-BH Minas, o público poderá acompanhar essa homenagem a uma das artistas mais inventivas do país. Com curadoria de Samuel Marotta e Ewerton Belico, a mostra será gratuita, com distribuição presencial 1 hora antes da sessão. A mostra também oferece sessões comentadas com a presença de Helena Ignez, Djin Sganzerla e convidados.

A MULHER DE TODOS é um belo representante do cinema  brasileiro e um marco da cinematografia de Sganzerla. A trama acompanha Ângela Carne e Osso, interpretada por Helena Ignez, uma ninfomaníaca casada com um ex-carrasco nazista, interpretado por Jô Soares, magnata dos quadrinhos no Brasil. Entediada com a vida doméstica, ela coleciona amantes na Ilha dos Prazeres. O filme venceu o Festival de Brasília de 1969 nas categorias de Melhor Atriz (Helena Ignez) e Melhor Montagem, e foi listado entre os 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine).

Confira a programação detalhada abaixo.

Serviço
Mostra “A mulher da luz própria: o cinema de Helena Ignez”
Data: 20/3 a 4/4
Local: Cinema do Centro Cultural Unimed-BH Minas
Entrada franca, com distribuição de ingressos 1h antes de cada sessão.

 

PROGRAMAÇÃO

20/03 – Quinta-feira

18h20 – Filme de abertura: A Mulher da Luz Própria, Sinai Sganzerla, 81’, 2019.

20h30 – Comentário sobre a trajetória de Helena Ignez.
Convidados: Helena Ignez, Djin Sganzerla, com mediação dos curadores da mostra, Ewerton Belico e Samuel Marotta.

 

21/03 – Sexta-feira

16h00 – A Mulher de Todos, Rogério Sganzerla, 93’, 1969.

18h20 – Ossos, Helena Ignez, 19’, 2014 | Ralé, Helena Ignez, 73’, 2015.

20h30 – O Mel é Mais Doce que o Sangue, André Guerreiro Lopes, 70’, 2023. Apresentação da sessão com o diretor.

 

22/03 – Sábado

16h00 – Roda de Conversa sobre o eixo da mostra “Carta Branca”, com Cláudia Mesquita, Carla Maia e Helena Ignez.

18h20 – Nascido para Matar, Stanley Kubrick, 116’, 1987.

20h30 – Fogo Baixo, Alto Astral, Helena Ignez, 5’, 2020 | A Moça do Calendário, Helena Ignez, 86’, 2018.

 

23/03 – Domingo

16h00 – Copacabana Mon Amour, Rogério Sganzerla, 85’, 1970.

18h20 – A Grande Feira, Roberto Pires, 91’, 1961.

20h30 – A Miss e o Dinossauro, Helena Ignez, 18’, 2005 | Canção de Baal, Helena Ignez, 77’, 2008.

 

24/03 – Segunda-feira

16h00 – A Mulher da Luz Própria, Sinai Sganzerla, 81’, 2019. (Acessibilidade)

18h20 – Reinvenção da Rua, Helena Ignez 27’, 2003 | Feio, Eu? Helena Ignez, 70’, 2013.

20h30 – A Grande Feira, Roberto Pires, 91’, 1961.

25/03 – Terça-feira

16h00 – Ralé, Helena Ignez, 73’, 2015 (Acessibilidade)

18h20 – Verdades e Mentiras, Orson Welles, 90’, 1973.

20h30 – Fogo Baixo, Alto Astral, Helena Ignez, 5’, 2020 | A Moça do Calendário, Helena Ignez, 86’, 2018.

26/03 – Quarta-feira

16h00 – Cara a Cara, Júlio Bressane, 72’, 1967.

18h20 – O Pátio, Glauber Rocha, 11’, 1959 | Deus e o Diabo na Terra do Sol, Glauber Rocha, 120’, 1964.

20h30 – O Bandido da Luz Vermelha, Rogério Sganzerla, 92’, 1968. Debate com Teuda Bara e Eid Ribeiro.

27/03 – Quinta-feira

16h00 – A Miss e o Dinossauro, Helena Ignez, 18’, 2005 | Canção de Baal, Helena Ignez, 77’, 2008.

18h20 – O Padre e a Moça, Joaquim Pedro de Andrade, 90’, 1966.

20h30 – Roda de Conversa: Helena Ignez e o cinema contemporâneo. Convidados: Cristiano Burlan, Karen Black.

28/03 – Sexta-feira

16h00 – Roda de Conversa: Atuação e direção. Convidada: Simone Spoladore.

18h20 – Sem Essa, Aranha, Rogério Sganzerla, 98’, 1970.

20h30 – A Mulher de Todos, Rogério Sganzerla, 93’, 1969.

29/03 – Sábado

16h00 – Antes do Fim, Cristiano Burlan, 86’, 2017 | Helena de Guaratiba, Karen Black, 15’, 2024.

18h20 – Belair, Bruno Safadi, 80’, 2010.

20h30 – Luz nas Trevas: A Volta do Bandido da Luz Vermelha, Helena Ignez e Ícaro Martins, 83’, 2010.

 

30/03 – Domingo

16h00 – Acossado, Jean-Luc Godard, 87’, 1960.

18h20 – Ossos, Helena Ignez, 19’, 2014 | Ralé, Helena Ignez, 73’, 2015.

20h30 – A Alegria é a Prova dos Nove, Helena Ignez, 100’, 2023.

31/03 – Segunda-feira

16h00 – O Bandido da Luz Vermelha, Sinai Sganzerla, 92’, 1968. (Acessibilidade)

18h20 – Copacabana Mon Amour, Rogério Sganzerla, 85’, 1970.

20h30 – Luz nas Trevas: A Volta do Bandido da Luz Vermelha, Helena Ignez e Ícaro Martins, 83’, 2010 (Sessão fechada para alunos do EJA).

01/04 – Terça-feira

16h00 – O Bandido da Luz Vermelha, Sinai Sganzerla, 92’, 1968. (Acessibilidade)

18h20 – Reinvenção da Rua, Helena Ignez, 27’, 2003 | Feio, Eu? Helena Ignez, 70’, 2013.

20h30 – Poder dos Afetos, Helena Ignez, 31’, 2013 | Fakir, Helena Ignez, 80’, 2019.

02/04 – Quarta-feira

18h20 – O Pátio, Glauber Rocha, 11’, 1959 | O Padre e a Moça, Joaquim Pedro de Andrade, 90’, 1966.

20h30 – Mesa Redonda: Helena Ignez e a história do cinema brasileiro. Convidados: Luiz Rocha Melo, Pedro Vaz e Carla Maia.

03/04 – Quinta-feira

16h00 – Quanto Mais Quente Melhor, Billy Wilder, 120’, 1959.

18h20 – Poder dos Afetos, Helena Ignez, 31’, 2013 | Fakir, Helena Ignez, 80’, 2019.

20h30 – O Signo do Caos, Rogério Sganzerla, 82’, 2003.

04/04 – Sexta-feira

16h00 – Sem Essa, Aranha, Rogério Sganzerla, 98’, 1970.

18h20 – A Alegria é a Prova dos Nove, Helena Ignez, 100’, 2023.

20h30 – Cara a Cara, Júlio Bressane, 72’, 1967.

Site: https://minastenisclube.com.br/noticias/cultura-mostra-a-mulher-da-luz-propria/