Noah Hawley afirma que Prometheus se tornou “sem utilidade” para sua série no universo de Alien

O vencedor do Emmy e showrunner de “Fargo”, Noah Hawley , respondeu em recente entrevista ao podcast do Hollywood Reporter algumas perguntas sobre sua série em produção sobre Alien.

A partir da conversa e das respostas do criador, podemos descobrir qual é o entendimento de Hawley sobre os significados da franquia: “O problema com Alien é que não é apenas um grande filme de monstros. É a história da humanidade presa entre seu passado parasita primordial e seu futuro de IA, e ambos estão tentando nos matar. Então, não há para onde ir. É realmente uma história sobre se a humanidade merece sobreviver? Será que a arrogância da humanidade em pensar que já não somos comida e a sua arrogância em criar estes seres de IA que pensamos que farão o que lhes dizemos – mas que no final das contas podem perder a cabeça – existe uma saída?“

Ao que o showrunner se refere aqui é algo que permeia toda a produção original de 1979, com as ameaças do xenomorpho e também dos androids e supercomputadores que representam a compania. Mesmo que com algum esforço, o mesmo pode ser visto nas prequels de Scott, onde os humanos buscam suas origens e encontram ameaças nas mãos de suas criações robóticas. Mas referenciar as prequels não parece o caminho a ser seguido aqui.

Perguntado sobre a relação de sua série com as tramas de “Prometheus” e “Alien: Covenant“, Hawley respondeu: “Ridley e eu conversamos sobre isso – e sobre muitos, muitos elementos do show”, diz Hawley. “Para mim, e para muitas pessoas, esta ‘forma de vida perfeita’ – como foi descrita no primeiro filme – é o produto de milhões de anos de evolução que criou esta criatura que pode ter existido há um milhão de anos lá fora. no espaço. A ideia de que, em algum nível, era uma arma biológica criada há meia hora, é inerentemente menos útil para mim. E em termos de mitologia, o que é assustador nesse monstro é que quando você olha para os dois primeiros filmes, você tem essa tecnologia retro-futurista. Você tem monitores de computador gigantes, esses teclados estranhos… Você tem que fazer uma escolha. Estou fazendo isso? Porque nas prequelas, Ridley tornou a tecnologia milhares de anos mais avançada do que a tecnologia de Alien , que deveria acontecer no futuro desses filmes. Há algo sobre isso que realmente não importa para mim. Prefiro o retrofuturismo dos dois primeiros filmes. E foi essa a escolha que fiz: não há hologramas. A conveniência dessa bela tecnologia da Apple Store não está disponível para mim.”

Vale lembrar que Ridley Scott atua como produtor na série. O que fica em aberto é se a ruptura da nova série entrará para o cânone como uma alternativa sutil que complementa a história das prequels e lhe dá um novo direcionamento ou se haverá de fato um grande retcon na franquia.

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