Primeiras impressões de Gears of War 3
A Microsoft nos convidou para testar Gears of War 3 dias antes de seu lançamento e tivemos a oportunidade de jogá-lo com exclusividade. A versão testada já era a final e nacional, prensada no Brasil, com caixa, manual e com legendas em português. Não pudemos testar os modos multiplayer, mas deu pra ter uma boa idéia da campanha, modos Horda e Besta.
“Começando pelo começo”
Inicialmente é bom deixar claro que Gears of War 3 é um dos mais esperados jogos do Xbox 360 para o ano de 2011. Ele já foi adiado duas vezes, sendo uma vez no fim do ano passado e outra em Abril. Claramente é visível o porquê dos atrasos, o jogo está bem diferente em diversas formas, desde gráficos, enredo e jogabilidade. A Epic, empresa que criou a franquia não está de brincadeira para mostrar o, talvez, mais importante jogo da empresa na atualidade e showroom de um dos mais populares engines nos jogos hoje, o Unreal Engine.
As legendas em português ficaram muito boas e não sofreram corte pelo linguajar pesado dos soldados, só algumas foram adaptadas a nossa realidade. O texto em português no geral está muito bom, nenhuma gafe muito grave. O problema é a tradução dos modos de jogo como Horda, Besta e o nome dos estágios para multiplayer, onde a clássica fase Gridlock disponível em Gears of War 1 e 2 agora se chama Trânsito.
Campanha
Em poucos minutos de jogo, percebe-se o quão diferente é Gears of War 3 dos outros dois títulos. Os dois anteriores tem boa história de sobrevivência e resistência aos Locust, aqui a história continua algum tempo após os acontecimentos do segundo título, porém os humanos parecem mais estabilizados e prontos para os ataques dos Locust e dos Lambents.
A campanha se desenvolve de forma diferente dos anteriores, não seguindo a linearidade de antigamente. Há a implantação de elementos onde o personagem com que estiver jogando, poderá mexer em objetos, ler documentos e até jogar uma partida de Pebolim Trashball. As ações não se desenvolvem como antes, não é apenas seguir uma fase até o fim. Agora há ações de ir e vir no mesmo cenário, aonde os checkpoints vão sendo conquistados por cada missão feita dentro de cada estágio, não como era antes de simplesmente se chegar a uma área específica.
A interação com o cenário é constante, caixas para se quebrar, torretas, botões, algumas portas que exigem que dois jogadores a abram e fogo que pode ser apagado com extintor. Além de seus companheiros COGs, os personagens contam com a ajuda de mechs como nos jogos da série Lost Planet, fazendo o personagem mais resistente para lutar contra chefe ou uma leva grande de inimigos e possuindo um armamento bem mais pesado.
Modo Horda
A Horda mudou um pouco e se tornou mais difícil e estratégica. Mas a base é a mesma, arrumar um canto estratégico e ficar eliminando os inimigos. Cada ação positiva vale pontos, e esses pontos servem para comprar armadilhas, armamento e bases. O jogador agora precisa criar uma base para iniciar a horda, há algumas opções disponíveis em cada mapa e ainda precisa criar armadilhas para que os Locust tenham dificuldade de chegar até você ou até morrer nelas. As armas espalhadas pelos cenários não são mais gratuitas como mencionei acima, elas precisam ser compradas, assim como munição e granada. Os inimigos ao morrerem largam as armas, essas sim são gratuitas.
As ondas vão evoluindo de forma mais rápida que em Gears 2, a quantidade de inimigos vai aumentando mais rapidamente, o tamanho deles crescendo também, sendo que na segunda / terceira onda já se enfrentam Boomers, Grinders e Maulers.
Lá para a onda 10, os jogadores enfrentarão chefes como o Brumak, mas eles não vêm sozinhos, complicando bastante as estratégias que funcionaram até então. O modo Horda é praticamente necessário ser feito em cooperativo com outros jogadores, nas primeiras até é possível, mas as ondas vão se complicando muito rapidamente.
Modo Besta
O novo modo de jogo chamado Besta, é uma revitalização do modo Horda inserido em Gears of War 2, mas ao invés de ser jogado com os humanos, é agora jogado com os Locusts, ou seja, os inimigos. Ao contrário da Horda que você espera os inimigos vir em sua direção, na Besta você invade a área dos humanos que se protegem como na nova Horda, com torretas, espinhos e tudo mais que estiver disponível. As ondas começam tranqüilas onde os humanos são normalmente Stranded, ou seja, os desamparados / desabrigados. Eles estão armados, mas ao contrário dos soldados COGs, eles não são ágeis e bons no ataque. Não lutam bem em equipe e são fracos, sendo eliminados facilmente.
Dependendo da onda, os Stranded vão recebendo suporte e sendo auxiliados por COGs, alguns desconhecidos, outros especiais que vão evoluindo até chegar as estrelas principais do jogo. Com a evolução da leva de humanos exterminados, a dificuldade vai se complicando e os Stranded vão sendo substituídos por COGs até o momento que você enfrentará só a elite da Coalisão.
O destaque do modo Besta fica por conta do Locust que você quiser jogar. Com certa pontuação você pode comprar o Locust que quiser, mesmo, qualquer um. Quer ser o besouro explosivo Ticker, ou um Boomer? Seja quem você quiser. Logicamente cada um tem seus pontos negativos e positivos e funcionam ou deixam de funcionar bem se jogados sozinhos ou acompanhados.
Conclusão
Com novas armas, novos modos de jogo, uma campanha mais bem elaborada e visualmente maravilhoso, Gears of War 3 é facilmente um dos melhores do ano. Terá bons rivais a altura como Battlefield 3, Modern Warfare 3 e Batman Arkham City, mas Gears 3 tem sua legião específica de jogadores que amarão colocar as mãos nesse título. A jogabilidade esta mais leve, controlar os personagens está um pouco mais simples e pode agradar quem não se adaptou as versões anteriores da série.