Resenha – Mandalorian (Segunda Temporada)
Desde sua estréia, a série foi a grande promessa de retomada da franquia. Com um bom time para aventura, com humor e personagens cativantes, Mandalorian ganhou os fãs mais radicais de Guerra nas Estrelas e abriu caminho para que um novo público desse uma chance ao universo criado por George Lucas.
Com um retorno as raízes da franquia em 2019, a série apostou em elementos do western estadunidense e do Japão feudal, realizando aquela “mistura do Brasil com o Egito que tanto é a marca dessa franquia que mudou o cinema. Componentes do Oriente e Ocidente, misturados com mitologia clássica e embalados na forma de uma ópera espacial, com muita fantasia foram o segredo do sucesso.
Tanto sucesso que nesta temporada valeu a regra clássica do maior e melhor, que tanto já foi responsável por fracassos em Hollywood. Felizmente não foi o caso, não por completo.
Se a temporada começou muito bem, linkando elementos do novo universo expandido e apresentando boas ligações com todas as empreitadas do cinema – tivemos menções à Midchlorians e aos planos de clonagem que levarão ao Snoke -, o cerne da série continuava centrado no universo que se gesta após a queda do império.
A adição dos veteranos de Guerra pilotando seus X-WIngs e dos soldados imperiais cada vez mais nazistas deram a liga que a série precisava enquanto desviava seu foco para oferecer aos fãs aquilo que eles queriam.
Não há problemas em oferecer entretenimento na forma de fã service, o problema é que focar nesse aspecto em geral expõe as fragilidades de uma história que, desde sempre, teve pouco a dizer. Os bons episódios da primeira temporada ocupavam nosso olhos com lições de perseverança, ao montar uma criatura selvagem ou trabalhavam o conceito de comunidade contra bandidos num planeta afastado.
Na segunda temporada, porém, toda aventura secundária tinha um objetivo claro na trama que existia assim para não tirar o brilho de uma ou outra aparição especial. Essas, que enchem os olhos, mas apenas até que comecemos a pensar sobre elas.
É preciso lembrar que foi essa necessidade de uma grande amarração de conceitos distantes que causou o fracasso da mais recente trilogia no cinema e que acredito que nenhum fã da série queira que esses esforços em trazer elementos correntes seja levado a cabo até que o protagonista seja revelado como algum filho bastardo dos Skywalker mais uma vez.
Confira a crítica em vídeo que foi feito no canal do nerd tatuado no youtube: