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Top 13 | Melhores serial killers da ficção (ou não)!

Em semana de sexta-feira 13, deixo aqui pra vocês os mais assustadores serial killers da cultura pop!

 

Mas, não se engane! Nem todos eles são pura ficção! Muitas dessas obras são inspiradas em fatos ou até mesmo um tanto biográficas. Pra gente brincar um pouco e entender melhor essas loucas nuances da psique humana, vou alternar os puramente ficcionais com os que estiveram de fato entre nós!

Jigsaw – Jogos Mortais

 

Jigsaw em Jogos Mortais: “Que os jogos comecem”

Esse é famoso e aparece em uma franquia de sucesso, que tem até agora 9 filmes, incluindo um curta-metragem de 2003 (por essa você não esperava!).

Jigsaw é um doente terminal que rapta pessoas e as coloca em armadilhas cuja saída depende da escolha dos cativos, geralmente os punindo ou matando. As vítimas quase sempre são escolhidas por um comportamento ou hábito extremamente imoral ou ilegal e estão geralmente ligadas entre si.

Ele sempre se apresenta às vítimas através de um boneco nada bonito, que dá as opções de escolha aos julgados como culpados por ele. O ponto forte da franquia é que, na maior parte do tempo, você não se incomoda com o que ele faz, pois você se convence que aquelas pessoas estavam impunes até aquele momento. Jigsaw, que significa “quebra-cabeça” em inglês, é um personagem inteiramente fictício.

Zodíaco – Zodiac

 

Mark Ruffalo, Robert Downey Jr. e Jake Gyllenhaal em Zodiac

Zodiac é um filme de 2007 que narra a história da caçada a um assassino em série conhecido como “Zodíaco”, que atuou na área da baía de San Francisco entre as décadas de 60 e 70. O personagem Zodíaco baseia-se em um serial killer de pseudônimo idêntico, de um caso de assassinatos em série nunca resolvido. O assassino é abusado e sarcástico, deixando várias vítimas no seu rastro.

Zodíaco ficou famoso por zombar da polícia enviando cartas aos jornais contendo pistas com sinais associados à astrologia. Estima-se que ele deixou cerca de seis vítimas na sua conta, mas como nunca foi pego, não se pode afirmar o número de vítimas ao certo. O FBI chegou a ir à prisão procurar um outro assassino para ajudar a entender as pistas deixadas por Zodíaco, o que mais tarde tornou-se uma famosa passagem de O Silêncio dos Inocentes, de Thomas Harris.

Jack Torrance – O Iluminado

 

Jack Nicholson em O Iluminado: “Here’s Johnny!”

Vivido por Jack Nicholson no longa de Kubrick, baseado em obra homônima de Stephen King (o mestre do suspense), Jack Torrance é um escritor e alcoólatra em recuperação, que aceita um emprego como zelador do Hotel Overlook, para aproveitar a calmaria do local para se recuperar e voltar a escrever. O hotel foi construído sobre um antigo cemitério e costuma ficar isolado durante todo o inverno.

Seu filho Dany possui habilidades psíquicas e logo percebe que o lugar não é normal. Pouco depois de se instalarem, a família fica presa no hotel por uma tempestade de neve e Jack torna-se gradualmente influenciado por uma presença sobrenatural. A partir daí, ele afunda na loucura e tenta assassinar sua própria família!

O filme, não tão bem recebido em 80 pela crítica, é atualmente tido como um clássico cult e de terror, aclamado inclusive por diretores como Martin Scorcese.

Norman Bates – Psicose

 

À esquerda Norman Bates, o ficcional; À direita Ed Gein, o serial killer

Dirigido pelo grande Hitchcock, Psicose nos apresenta Norman Bates, um tímido rapaz que administra um decrépito motel. Bates leva uma moça para casa, Marion, mas sua mãe não gosta dela e, durante o banho da moça, sua mãe a esfaqueia até a morte. Preocupados com o sumiço dela, sua irmã e seu namorado partem em busca de respostas através do detetive Arbogast. Este, ao chegar na casa de Norman para interrogá-lo, também é morto pela mãe dele.

Intrigados com os desaparecimentos, Lila e Sam (irmã e namorado de Marion) vão até o xerife e descobrem que a mãe de Norman Bates está morta há dez anos. Norman assassinou a própria mãe, roubou o seu cadáver e matava pessoas assumindo dupla identidade (a da mãe, no caso). Parece apenas mais um filme de terror, né? Mas, acredite, essa história foi baseada em fatos!

O serial killer da vida real é conhecido como Ed Gein, condenado por dois homicídios e suspeito no desaparecimento de mais cinco pessoas. Acredita-se que sua primeira vítima foi seu irmão. Ed furtava túmulos de mulheres de meia idade parecidas fisicamente com sua mãe, levando “troféus” como vulvas e outras partes do corpo. Ele era homossexual e se travestia, chegou a criar uma woman suit (roupa de mulher) que usava para se sentir mulher. Esses trejeitos foram também usados por Harris em O Silêncio dos Inocentes, no personagem James Gumb.

Ed Gein passou o resto dos seus dias em uma prisão psiquiátrica.

Leatherface – O Massacre da Serra Elétrica

 

Leatherface em O Massacre da Serra Elétrica

O filme de 1974 conta a história de dois irmãos que viajam com seus amigos até o Texas, com o objetivo de verificar o túmulo supostamente vandalizado de um parente, mas são atacados no caminho por uma família de canibais. Embora tenha sido comercializado como uma história verdadeira para atrair um público mais amplo, o enredo é inteiramente fictício, apesar de o personagem Leatherface e pequenos detalhes da trama terem sido inspirados pelos crimes do assassino Ed Gein, que conhecemos acima.

Leatherface usa máscara fabricada com pele humana (dã!), feitas a partir das vítimas dos crimes cometidos por ele e sua família incestuosa, que pratica assassinatos, canibalismo e necrofilia (credo!). O personagem usa principalmente uma motosserra (dã!²) como arma em seus crimes.

Hannibal Lecter – O Silêncio dos Inocentes (e outras obras)

 

Hannibal Lecter se deliciando com sua “refeição” em O Silêncio dos Inocentes

Esse é o meu malvado favorito e o Steve Rogers curtiu isso! Hannibal Lecter surgiu em Dragão Vermelho, obra literária de Thomas Harris, mas ganhou ascensão com o filme O Silêncio dos Inocentes, baseado em obra homônima do mesmo autor, através da grandiosíssima atuação de Anthony Hopkins, que chegou a meter medo até nos seus colegas de elenco (Jodie Foster que o diga)! Hopkins levou o Oscar de melhor ator pelo desempenho.

Dr. Hannibal Lecter, é um renomado médico psiquiatra, que tem publicações importantíssimas e é uma sumidade em se tratando da psique humana. E nas horas vagas, ele é Hannibal, o canibal. Vejam a grandeza do personagem apresentado por Harris: um homem culto, inteligente, estudado, com dinheiro e com um apetite um tanto quanto peculiar. Daí em diante, foi só sucesso! Lecter foi tema de uma série de livros, filmes e série de TV, sempre com o thriller da perseguição policial atrás do serial killer.

Hannibal adquiriu seus hábitos grotescos após sua família lituana sofrer nas mãos dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Nesse contexto, ele presencia sua irmã mais nova, Mischa, ser morta e devorada por lituanos traidores canibais.

O monstro da vida real

Depois de muitos anos sendo questionado sobre a origem de Lecter, Harris revela que se inspirou em “Dr. Salazar”, um psiquiatra que atuava em uma prisão mexicana enquanto Harris ainda era jornalista e foi entrevistar um preso. Depois, o jovem Harris descobriu que o bom doutor também era um serial killer, conhecido como “O Lobisomem de Nuevo León”.

Passados anos, Harris busca por informações sobre um médico psiquiatra atuante entre as décadas de 50 e 60, através do escritor mexicano Diego Enrique Osorno. Diego e sua namorada descobriram, depois de longa pesquisa, que o condenado era o Dr. Alfredo Ballí Treviño, que foi sentenciado à morte por crimes de homicídio qualificado, enterro clandestino e expropriação da profissão.

Sua condenação foi comutada e ele saiu da prisão em 2000, onde residiu e atuou na medicina até 2010, ano de sua morte, em uma pequena colônia esquecida de Monterrey. O diretor da prisão Miguel Guadiana Barra disse à época à Harris, quando questionado sobre o risco do condenado exercer a profissão ali na prisão, que “ele não faz mal aos pobres”.

Ghostface – Pânico

 

Ghostface em Pânico

Ghostface, ou Máscara de Fantasma, é a caracterização usada por vários personagens da franquia Pânico. Surgiu a primeira vez em 1996, ano de lançamento do primeiro filme. A máscara é inspirada na obra O Grito, de Edvard Munch.

O personagem é usado como disfarce para os antagonistas dos filmes da franquia durante seus assassinatos em série. O modus operanti é semelhante em todos os crimes, geralmente a vítima recebe ligações com uma voz distorcida por sintetizador para aterrorizá-la e a vítima acaba sendo morta a facadas.

Jack, o Estripador – Jack, o Estripador (e outras obras)

 

Caricatura de Jack, o Estripador

Jack, o Estripador é o pseudônimo usado para identificar o responsável nunca capturado por crimes cometidos na antiga Londres do século XIX. O modus operanti do serial killer era assassinar prostitutas, sempre aos fins de semana à noite, degolando-as, estripando-as e deixando-as em becos escuros. Cinco vítimas foram postas em sua conta, porém, pelo menos mais 11 crimes com características semelhantes foram ligados à ele.

Jack apareceu nas telonas pela primeira vez entre as décadas de 20 e 30, mas povoou inúmeras obras a partir daí, inclusive Lâminas da Morte – A Maldição de Jack, o Estripador, de 2016; um caso do detetive londrino Sherlock Holmes (livro); Jack, o Estripador, de 1988; O Xangô de Baker Street, de Jô Soares (livro); e From Hell, de 2001, protagonizado por Johnny Depp, cujo título foi tirado de uma carta escrita pelo suspeito à polícia, onde consta a seguinte horrenda declaração: “Envio-lhe metade de um rim preservado que eu tirei de uma das mulheres. O outro pedaço eu fritei e comi, estava muito agradável.” (credo!²)

Michael Myers – Halloween

 

Michael Myers em Halloween

Michael Myers é um personagem fictício da franquia Halloween. Apareceu pela primeira vez em 1978, onde é retratado como uma perturbada criança de seis anos que assassina a sua irmã mais velha na noite de Halloween e que, depois de ficar internado num hospital psiquiátrico durante quinze anos, escapa e volta para casa para matar mais.

Myers é descrito como “puro mal”, tanto nos filmes como pelos cineastas que o criaram e o produziram ao longo da série. Ele usa uma máscara de couro que deixa apenas seus olhos à mostra, e sua arma é uma grande faca. Apesar de ser ficcional, a ideia “Michael Myers” teve como inspiração um garoto de cerca de 12 anos que habitava um hospital psiquiátrico para doentes mentais mais graves. O diretor John Carpenter, em suas pesquisas de campo, ao se deparar com o jovem percebeu nele algo que descreveu como “um olhar esquizofrênico, um verdadeiro olhar mal”, que o diretor diz ter sido “perturbador, assustador e completamente louco”.

Ted Bundy – Ted Bundy (e outras obras)

 

À esquerda Zac Efron, como intérprete do assassino; À direita Ted Bundy, condenado e réu confesso

Ted Bundy foi um dos serial killers americanos mais conhecidos do século XX. Ele cometeu sequestros, estupros e assassinatos à pelo menos 12 mulheres, que foram decaptadas e suas cabeças mantidas como troféus. Ted foi preso, julgado e declarou-se culpado pelo assassinato de 35 mulheres. Condenado, fugiu duas vezes, mas acabou na cadeira elétrica em 1989. Seu filme homônimo estreou em 2002 e conta a trajetória do assassino em série.

Zac Efron interpretará o assassino também nas telonas em breve, no longa Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile, ainda sem título em português.

Jason Voorhees – Sexta-feira 13

 

Jason Voorhees em Sexta-feira 13

Mais um personagem da ficção, que habita a franquia Sexta-feira 13. A princípio, o personagem não foi pensado como protagonista, tanto é que só aparece no final do primeiro filme, em 1980, ainda em sua fase criança. Sua principal característica é a máscara de hóquei e o uso do facão.

Jason Voorhees tem motivações para matar semelhantes à Jigsaw, impulsionadas pelas ações imorais das suas vítimas e pela raiva que sente por ter se afogado quando criança. Apesar de ser retratado como humano, Jason é provido de força e capacidade de regeneração sobrenaturais, além da péssima mania lazarenta de sempre voltar à vida quando todos acham que FINALMENTE ele está morto.

É o primeiro filme de terror que tenho lembrança de ter assistido, ainda criança, ‘torturada’ pelas minhas irmãs mais velhas (belo exemplo).

Voorhees tem pelo menos 12 aparições em longas, incluindo um crossover com o personagem Freddy Krueger, que encerra nossa lista. Ganhou seus próprios games (com aquela musiquinha maldita de arrepiar da lombar à cervical) e chegou a – pasmem – ir ao inferno e matar o próprio Diabo!

Pode-se dizer que é o serial killer de “carreira mais sólida” da ficção, tendo matado até agora cerca de 285 pessoas (sem contar as da estação espacial em Jason X)!

Gilles de Rais – A Verdadeira História do Barba Azul (e outras obras)

 

Caricatura do nobre serial killer francês Gilles de Rais e suas vítimas

Gilles de Rais foi o assassino serial confesso francês mais notável do século XV, e também um dos mais brutais da história. Apesar de ter inspirado as inúmeras histórias do Barba Azul, ele nunca foi um pirata da perna de pau, e sim um nobre guerreiro francês, que escondia seu lado negro de forma muito eficiente, lutando ao lado de Joana d’Arc e fazendo generosas doações à igreja cristã.

Em seu íntimo, Gilles era um monstro. Dado o enforcamento da Santa Guerreira e a morte de seu avô que lhe criou, iniciou sua jornada de crimes. Foi julgado, condenado e morto por enforcamento após confessar seus atos de pedofilia e assassinato a um incontável número de crianças camponesas, que simplesmente desapareciam nos arredores do castelo dos horrores, onde o nobre habitava.

Além disso, sua prática de satanismo e rituais de magia negra, na tentativa de salvar a sua fortuna e manter seu estilo sádico de vida, envolvia sacrifícios de crianças.

Freddy Krueger – A Hora do Pesadelo

 

Freddy Krueger em A Hora do Pesadelo: “Isto é Deus”

Freddy Krueger começa suas atividades criminosas na forma humana. Ele já era um serial killer de crianças quando teve o rosto queimado por pais em busca de vingança, iniciando a partir daí sua trajetória nos sonhos dos jovens, levando-os à morte também na vida real.

Sua primeira aparição foi em 1984, no primeiro título da famosa franquia de terror A Hora do Pesadelo. Sua filmografia conta com 9 títulos, incluindo o crossover com o também famoso Jason Voorhees (Sexta-feira 13). Krueger também aparece como personagem de vídeo games, além de referências em inúmeras obras.

Freddy é um jovem atormentado, nascido de uma freira vítima de estupro coletivo. Sendo deixado para adoção, foi criado por um padrasto que o maltratava, até o dia que Freddy o mata com a lâmina que usa para se auto mutilar. Apesar de tentar ter uma vida normal na fase adulta, casando-se e tendo uma filha, ele inicia a jornada de matança de crianças que lhe causa a mesma excitação que sua auto mutilação da infância.

Ao ser queimado pelos pais das crianças assassinadas, Freddy invoca os demônios dos sonhos. Em troca de imortalidade, ele passa a ser o maior assassino dos pesadelos. Sua marca pessoal, além da cara feia queimada, é o uso de chapeuzinho e blusa de mangas vermelha listrada e, é claro, suas “garras” que com certeza serviram de inspiração para Edward, Mãos de Tesoura.

Susy Ferreira

Formada em Turismo e pós-graduada em Administração Financeira, consumidora compulsiva de qualquer material Sci-Fi, colecionadora de bons livros, cinéfila, tatuada, gamer por diversão, crítica amadora e metamorfose ambulante. Super poder: maratonar temporadas inteiras de séries em um único dia. Ponto fraco: música ruim é kriptonita.