Home

A evolução do líder: o novo iPad 3

03/Abr/2012 17h20 – Atualizado em 03/04/2012 18h35

A evolução do líder: o novo iPad 3

Julio Preuss Para o TechTudo

Começamos a testar o novo iPad (também conhecido como iPad 3) no dia do lançamento mundial, o que significa que já convivemos pouco mais de duas semanas com ele. Neste período, alem de instalar a maioria dos aplicativos atualizados para tirar vantagem do tablet, continuamos usando nossos favoritos do “velho” iPad para ver como se comportavam.

iPad 3 (Foto: Julio Preuss)iPad 3 (Foto: Julio Preuss)

Na maioria das situações, é difícil notar a diferença. Primeiro, porque o design do produto não mudou em praticamente nada: o novo iPad tem o mesmo corpo metálico de linhas suaves e a pesada frente de vidro resistente a marcas de dedos do iPad 2. É um tiquinho mais espesso e pesado, mas nada que se note no dia a dia – tanto que segue compatível com as capas e demais acessórios da segunda geração.
Em termos de desempenho, a agilidade do sistema ao abrir um novo aplicativo ou alternar entre os que já estão rodando é perceptivelmente maior do que no iPad original, mas não parece diferente do iPad 2. Compreensível, já que a base do processador do novo iPad é a mesma, exceto pelo novo chip gráfico de núcleo quádruplo, necessário para suprir as necessidades da supertela.
A tela “Retina”
O destaque do novo iPad, exaltado em toda a propaganda da Apple, é, sem dúvida, a tela “Retina”. Com resolução de 2.048 x 1.536 pixels, ou 3,1 megapixels, ela é quatro vezes mais densa que a dos modelos anteriores. Há um milhão de pontinhos a mais do que numa TV Full HD 1080p, em uma tela pelo menos dez vezes menor. Em termos de densidade de pixels, só perde para a dos iPhones 4 e 4S, que inauguraram o conceito de “retina”.

Detalhe da resolução do iBook no novo iPad 3 (Foto: Julio Preuss)Detalhe da resolução do iBook no novo iPad 3 (Foto: Julio Preuss)

Na prática, isso quer dizer que não se conseguem mais enxergar pixels individuais a olho nu, dando às imagens uma aparência de página impressa, sem qualquer serrilhado nas curvas e diagonais. De fato, a diferença é perceptível quando seguramos um iPad antigo e o novo lado a lado, principalmente nos detalhes dos ícones e em telas de texto como as do iBooks.
Embora seja mais fácil notar a diferença nos textos, o aumento da resolução também é vantajoso para os jogos com visual 3D já atualizados para ela, como o Infinity Blade II e o Real Racing 2 HD, e é especialmente benéfico na manipulação de imagens – vide a coluna sobre o potencial do tablet como acessório para fotógrafos, onde analisamos os prós e contras da câmera de 5 megapixels com sensor retroiluminado do novo iPad.

Câmera do novo iPad 3 (Foto: Julio Preuss)Câmera do novo iPad 3 (Foto: Julio Preuss)

Em tempo: isso só vale para a câmera traseira, que a Apple chama de iSight, pois a câmera frontal, usada nas videoconferências via FaceTime ou Skype, manteve a resolução VGA (640 x 480 pixels) do modelo anterior. Como, na maioria dos casos, as fotos mais importantes são tiradas com a câmera iSight, isso não chega a ser um problema.
Voltando à tela, também não dá para dizer que a do “velho” iPad é ruim. O site Gizmodo andou mostrando o iPad 2 para uns desavisados como se fosse a terceira geração e a maioria se disse impressionada com a qualidade das imagens.
Tudo tem seu preço
Para viabilizar o aumento de 300% na resolução, a Apple precisou “turbinar” o subsistema gráfico do iPad e equipá-lo com mais memória RAM. Tudo isso é embutido no que se costuma chamar de “sistema em um chip”: o processador A5x, no caso do novo iPad, sucessor do A5 do iPad 2. Como as melhorias foram todas voltadas para o aspecto gráfico, acaba que, de resto, as duas versões se equivalem.

Processador do novo iPad 3 (Foto: Julio Preuss)Processador do novo iPad 3 (Foto: Reprodução)

Da mesma forma, o processamento gráfico vitaminado e o simples fato de precisar iluminar muito mais pixels fez com que o consumo elétrico do novo iPad fosse às alturas. Sua bateria tem uma capacidade 70% maior que a do iPad 2, mas dura a mesma coisa. Na verdade, foi por causa da necessidade de aumentar o tamanho da bateria para manter a autonomia de 10 horas que o novo iPad ficou discretamente maior e mais pesado, como mencionamos no início desta avaliação.
Infelizmente, a bateria maior acaba demorando mais para carregar e pode esquentar durante o processo – a primeira grande crítica ao novo iPad. Em nossos testes, o aquecimento não chegou a ser um problema, mas o tempo de recarga, sim. Praticamente obrigou a tratar o tablet como um smartphone que precisa ser ligado na tomada toda noite, durante a noite inteira, para aguentar o uso de um dia.

Espessura do novo iPad 3 (Foto: Julio Preuss)Espessura do novo iPad 3 (Foto: Julio Preuss)

Isso também aumenta a importância de se usar o carregador de tomada incluído no pacote do iPad, junto com o cabo USB. Explica-se: apesar de os conectores USB do computador e o próprio carregador de um iPhone ou iPod também poderem ser usados para recarregar o iPad, eles só provêm 5W de força – a metade do que o carregador que vem com o tablet é capaz de oferecer. Em outras palavras: carregar via computador pode demorar o dobro do tempo, e isso agora faz diferença.
Conclusão
O novo iPad é mais do mesmo. Mais resolução (tanto na tela quanto na câmera), mais processamento, mais memória e, na versão LTE, mais velocidade no acesso via rede celular. O design é rigorosamente o mesmo do iPad 2, mas ainda não dá sinais de estar ultrapassado, e a bateria até tem mais capacidade, mas dura a mesma coisa.
Por conta disso tudo, o tablet da Apple representa uma melhora do que já era ótimo, mas não chega a ser uma revolução – e não soluciona coisas como a ausência de um leitor de cartões de memória. O preço, que também não mudou, é alto se comparado ao de um notebook. A julgar pelas vendas, no entanto, parece ser justo para o que ele oferece.
Ficha Técnica

Tela: 9,7 polegadas
Resolução de tela: 2048×1536
Sistema operacional: iOS 5
Processador: A5X
Memória RAM: 1 GB
Armazenamento: 16, 32 ou 64GB
Conectividade: Wi-Fi 802.11a/b/g/n, Bluetooth 4.0 e LTE opcional
Dimensões: 24,1 x 18,6 x 0,9 cm
Peso: 662 g
Autonomia de bateria: até 10 horas
Itens inclusos: cabo USB e carregador de 10W

Nerd Tatuado

Faustino Neto- O Nerd Tatuado Editor geral, editor de vídeo, fundador Ocupação: Empresário, blogueiro , youtuber, social mídia, fotógrafo, colecionador. Base de operações: Arapiraca/Alagoas Ações Nerd: Livros, Games, RPG, HQ, cinema, STAR WARS, colecionáveis, fotos , tatuagem, Simpsons, breanking bad, Game of thrones e outras series Poderes mutantes: Ter lag quando estou conversando Viaja sem sair do lugar