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CRÍTICA | DARK

A Netflix não cansa de surpreender e a primeira produção alemã para o serviço de streaming é inebriante! Dark é uma experiência incrível, um suspense sombrio viciante!
Os mistérios de Dark e seus personagens

De cara, a abertura da série já te dá a sensação de multiplicidade, ideia onde a série é centrada. Aí você ouve a música de abertura com aquelas e imagens e pensa “ok, é promissor, let’s do it!”. Até aí você ainda não percebeu, mas a produção é alemã, primeira surpresa! Afinal, estamos acostumados de tal forma às produções americanas que já vamos com os ouvidos no piloto automático pro inglês, não é mesmo?!

Muitos veículos de comunicação tem comparado a série com outra produção da Netflix, Stranger Things. De fato, a ambientação sombria, o clima de suspense e o sumiço de um garoto levaram a essa comparação um tanto quanto errônea. Já vou te dizer que a semelhança acaba aí e isso não é ruim! Daí pra frente é só alegria (pra você, não para os personagens da história)!

Sinopse

Dark é ambientada numa cidadezinha interiorana da Alemanha, Winden, onde toda a atividade econômica gira em torno de uma usina nuclear. Os gatilhos da trama são o sumiço do pequeno Mikeel e o suicídio de Michael, que deixa uma carta com data e hora para ser aberta. Mikeel desaparece em circunstâncias semelhantes à do desaparecimento de seu tio Mads, quando tinha a sua idade e, como diria Sherlock Holmes sobre coincidência: “o Universo não seria tão preguiçoso”.

O ciclo do espaço tempo: “a pergunta não é onde, mas quando”

É desse ponto que a busca por respostas vai desvendando mistérios que levam a um ciclo místico envolvendo o passado, o presente e o futuro, trazendo a ideia de simultaneidade e de que o livre arbítrio não existe, nossas decisões já foram previamente tomadas para não interferir no futuro e, pasmem, no passado também!

A escolha do elenco foi impecável e a fotografia não apenas te transporta para o lugar como também para a sensação do que se passa na série. O roteiro é muito bem escrito e cuidadoso, assim como os figurinos. A única ressalva é que, apesar de imprescindível para o andamento da trama, a série introduz muitos personagens em pouco tempo, então pra sua cabeça não bugar, é melhor consumir Dark em doses homeopáticas, não tente maratonar, ok?!

Segura o juízo pra não explodir!
A temporada finaliza de forma muito coerente, com expectativa pra o futuro! A primeira temporada de Dark estreou em 1 de dezembro de 2017 e está disponível na Netflix.

 

Susy Ferreira

Formada em Turismo e pós-graduada em Administração Financeira, consumidora compulsiva de qualquer material Sci-Fi, colecionadora de bons livros, cinéfila, tatuada, gamer por diversão, crítica amadora e metamorfose ambulante. Super poder: maratonar temporadas inteiras de séries em um único dia. Ponto fraco: música ruim é kriptonita.