Alerta de Spoilers – What If…? 1×02
Opa, caso você não esteja percebido no título desse post, releia ele de novo… e siga por sua conta e risco.
Vamos falar de “What If…? 1×02” e entender pra onde a nova série vai caminhar? Na semana passada, o primeiro episódio estreou na Disney+ gerando reações bastante diferentes no público.
Enquanto alguns adoraram o espetáculo (algumas vezes até exagerado) de referências ao MCU, outros julgaram o episódio como sendo superficial e bobo. Aqui no Nerd já fizemos uma breve análise (COM SPOILERS) dessa estreia e concluímos que ao menos desse lado da redação o resultado era promissor, sendo que deveríamos esperar pelos próximos capítulos.
Novas rotas, mesmos destinos
Aqui estamos, e você não pode dizer que não sabe como a série vai se desenvolver. Quem não gostou daquele primeiro episódio, desça do bonde. As tramas são simples, o ritmo é acelerado e as piadas são infantis. Mas, e daí? Antes de tudo, porém, veja esse episódio. Mesmo que não goste do estilo, vale a pena se despedir de Chadwick Boseman.
O episódio abre, como deve ser costumeiro na série, com um ponto que muda a trama. Aqui, Yondu decidiu não buscar Peter Quill pessoalmente. Seus capangas tontos, que foram em seu lugar acabam indo parar em Wakanda, atraídos pelo sinal do Vibranium e raptam T’challa.
Embora a cena trapaceie para fazer a história andar, tornando a relação de Yondu e do garoto amigável demais logo de cara, passamos adiante sem muito esforço. O Vigia (Jeffrey Wright) abre um questionamento válido: Você é quem você é, ou o que o seu mundo faz de você. Então surge T’challa adulto(Boseman), em uma versão muito mais badass de StarLord. Não vou mentir, é engraçado ver que ele é reconhecido, ao contrário da contraparte do MCU. Mas a piada é longa, e esse é um dos vários defeitos desse episódio.
Ao tentar incorporar o tom galhora de “Guardiões da Galáxia” e o ritmo de contar histórias de James Gunn, a série tropeça. Humor não significa apenas repetir as mesmas gags ad infinitum. Ah, e Thanos do bem não me desce bem em nenhum momento do dia. Eu passo.
Desisti de What If?
De modo nenhum, muito pelo contrário. Se aqui estou dizendo que quem nao gosta desses pontos deve dropar a série, é apenas em respeito e bom senso. Ela vai assim até o final, ou pelo menos até se tornar linear, e ninguém precisa esperar que uma série engrene vendo algo que não gosta.
Mas cá pra mim, ele vale seus minutinhos em que roda na TV. Uma coisa que sempre foi o ponto forte de “What if” nos quadrinhos é que é tudo uma grande brincadeira. Uma brincadeira de menino, de fanboy, de pensar e montar cenários para os seus heróis favoritos. E, no meio desse caminho, revisitar coisas que deram certo em outras histórias.
A relação de Yondu e T’chala, que começa mal, logo se estabelece repetindo o par que foi o alienigena com o Starlord original. Aqui acrescido de um final feliz. Da mesma forma, o protagonista mostra sua determinação e sagacidade, que o fazem vencer mesmo sem os poderes do deus pantera.
Além disso, como tudo da Marvel, o segredo está nos detalhes (alguém viu a versão da Milano de T’challa se chama Mandela?). Aparições surpresas, integradas à trama são eficientes e as novas versões da maior parte dos personagens é boa (Thanos é ruim mesmo, mas rende uma boa cena com a nebulosa).
Por fim, dito isso, veja o episódio e dẽ um adeus para um dos atores mais carísmáticos da sua geração, mesmo que apenas em voz. Depois, decida se quer continuar indo de realidade em realidade com a Marvel, descobrindo “o que aconteceria se…”