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Alerta de Spoilers – What If…? 1×01

Depois de uma recepção morna nos reviews de imprensa dos Estados Unidos, “What If…?” finalmente debutou na Disney+ entregando mais do que poderíamos esperar e menos do que todo o seu potencial. Mas se acalme jovem fã ansioso, é só o primeiro episódio.

Aqui no Alerta de Spoilers vamos te contar o que acontece capítulo a capítulo dessa aventura pelo multiverso da Marvel, então se vocẽ prefere ter surpresas, vá ver o episódio e volte aqui depois. Se ainda está comigo, segure-se e venha com a gente destrinchar os acontecimentos do episódio.

O que Aconteceria Se…

what if

…uma serie de quadrinhos da Marvel fosse criada para explorar possibilidades de histórias com momentos chave alterando tudo o que conhecemos? Acha bizarro? “What If” estreou em 1977, com uma história que imagina o Homem-Aranha como um membro do Quarteto Fantástico, e deu início a uma série de 13 volumes com dezenas de números publicados até hoje.

A maior parte das histórias de “What If ” começam com Uatu, o vigia descrevendo um evento no conhecido Universo Marvel, para em seguida, introduzir de um ponto no qual a história inteira muda por um pequeno detalhe. A ideia é que qualquer mudança na linha do tempo pode mudar todo o resto.

Quem viu “Loki” já entendeu bem como isso funciona. (Veja a crítica aqui).

What If…?

A nova série do Disney+ segue bem à risca o modelo dos quadrinhos. Temos o Vigia e o ponto de mudança: Nesse caso, a simples escolha de Peggy Carter em ficar na sala durante o nascimento do Capitão América.

Tudo dá errado, e em um ataque infiltrado dos nazistas, Steve Rogers é baleado antes de receber o soro do super soldado. Para não perder o experimento, Peggy entra no dispositivo e recebe os poderes no lugar do garoto franzino do Brooklin.

Primeiramente temos aqui uma inversão que funciona e cria uma situação real de necessidade da mudança. Mesmo que exista uma certa forçada de barra na forma como tudo acontece tão rápido. Eventualmente, essas foram algumas das maiores críticas lá fora. Jornalistas especializados que tiveram acesso aos episódios com antecipação, disseram que a série é muito apressada.

Sinceramente? Bobagem. Considerando a duração e o ritmo característicos de uma animação, tudo bem pra mim. Além disso, a familiaridade com os personagens e as situações já nos dá contexto para seguir adiante.

E falando nos personagens…

O nome é Capitã Carter

Desde já eu tenho que falar: Eu adorei. Nas palavras do próprio Steve Rogers, o soro fez com que a Peggy fosse tão forte por fora quanto sempre foi por dentro. Nesse sentido, até mais do que o próprio Capitão. Mas não pense que Steve é deixado de lado. Ao contrário, a entrada da Capitã Carter na história faz com que ela ande mais rápido e os aliados logo colocam as mãos no Tesseract.

Dessa forma, Howard Stark pode dar um salto tecnológico de décadas em poucas semanas e eis que, no front de batalha, surge uma versão do Homem de Ferro.

 

Não só a própria Capitã Carter mostre ao que veio, a adição de um Homem de Ferro na trama cria uma dinâmica muito interessante nas cenas de ação. Por outro lado, a animação não é um primor. Se em alguns momentos privilegia bastante a ação e os movimentos, em outra parece artificial. O corte de frames as vezes incomoda.

Outra reclamação geral foi do elenco de vozes. Da minha parte, nenhum problema aqui. Aém disso, se você achar isso da versão em inglês, sempre terá a ótima dublagem nacional.

Finalmente, depois de revisitar todos os pontos chave de “O Primeiro Vingador”, o Caveira Vermelha coloca seu plano final em prática. Porém, assim como no filme que o apresentou, seu plano sai pela culatra. Às vezes, é melhor aceitar o inevitável.

O que podemos esperar?

Sempre que temos uma nova história da Marvel, esperamos conexões com o universo. Mas como fazer isso, agora que há um multiverso infinito e histórias independentes podem ser contadas? Vou admitir, quando o Caveira Vermelha abriu aquele portal ao final, duas coisas me vieram à mente: ShumaGorat (Eliminado, a criatura da série tem boca) e Hive, aquele mesmo de “Agents of Shield”. O lance de ser um campeão da Hydra e o esforço do Kevin Feige em apagar as sobras da Marvel Television poderia explicar o esforço em mudar a aparência. No fim, talvez seja só um cthulhu genérico.

Em conclusão, temos o repeteco da promessa da dança, com Peggy se sacrificando para prender o polvo interdimensional na sua jaula dentro do Tesseract. Assim como no universo principal, o casal Steve/Peggy vai sofrer para ficar junto. Temos um link com os VIngadores desse novo universo alterado e fica a pergunta de se todos os episódios estarão conectados a essa mesma linha do tempo.

Certamente há muitas histórias aí para contar e teremos que esperar até a semana que vem para descobrirmos juntos. O que você achou do episódio? Deixe seu comentário e volte aqui na próxima quarta para discutir o próximo episódio.

Assista a série no Disney+