Crítica – Doctor Who: Eve of the Daleks
Os fãs da série mal terminaram de acompanhar “Doctor Who: Flux“, e já temos um especial no ano novo. No Brasil, essa mais recente temporada chega agora, e em resumo, podemos dizer que foi preparada para ser a maior e mais ambiciosa empreitada de Chris Chibnall no comando da produção – e que saiu pela beira, por muito motivos.
Assim, é um alívio voltar a um lugar comum em uma história contida. Temos então o terceiro especial de Ano Novo consecutivo de Daleks, jogando no seguro e preparando as portas para a despedida de Jodie Whittaker.
‘Eve of the Daleks‘ começa com Sarah (Aisling Bea) é dona e gerente da ELF Storage e Nick (Adjani Salmon) é um freguês que visita essa unidade todo ano na véspera do Ano Novo. Este ano, no entanto, sua noite será um pouco diferente do que o esperado. Isso por que, seguindo as consequências das decisões da Doutora no fim de Flux – consequências, obrigado -, um grupo de Daleks se aproveita de um looping temporal para tentar matar a protagonista e todos que estiverem ao seu redor na noite do ano novo.
Sob a premissa básica do “dia da marmota”, temos um texto livre da necessidade auto-imposta para entregar grandes mudanças no cânone do programa ou para tentar entregar entretenimento de prestígio no lugar de narrativas simples.
Esta história claramente se mostra um lugar onde Chibnall está mais à vontade – apenas um pequeno elenco de personagens excêntricos, uma única e bem detemrinada locação, e um relógio correndo contra o tempo que os protagonistas precisam se esforçar para vencer. De muitas formas, lembra exatamente o primeiro episódio de Doctor Who que o autor escreveu.
De muitas formas, definitivamente é um respiro. Os fãs agradecem.
Doctor Who: Eve of the Daleks
2022
Roteiro: Chris Chibnall
Direção: Annetta Laufer