Crítica | The Legend of Vox Machina (Temporada 2)
A animação realizada sobre arquivos de áudios da campanha homônima de RPG do Critical Role retornou para sua segunda temporada, seguindo o enorme gancho deixado na temporada anterior.
Já nos primeiros minutos do retorno ocorre o ataque dos dragões. Esperem aqui a violência cômica e grotesca já familiar, mas também alguns momentos emocionais e de peso. Fato é que, com a união inédita de vários dragões no auto denominado conclave cromático, nossos heróis precisarão mais uma vez se aventurar.
Vox Machina continua com um alto padrão de qualidade, obsceno e caótico quanto deve ser. E desta vez, os inimigos são mais fortes, os protagonistas mais vulneráveis e você realmente se sente como se estivesse em uma aventura com bons amigos.
Dragões, vestígios e portas
A dinâmica do roteiro feito em cima de uma campanha jogada em podcast continua gerando situações absurdas e únicas, mas a trama vai se desenvolvendo e tomando forma.. Esta temporada é maior, mais cruel e tem um melhor equilíbrio entre comédia absurda e aventuras de fantasia sérias. Pode irritar alguns fãs hardcore do podcast, mas é preciso entender que algumas liberdades criativas são necessárias para manter a história coesa.
Apesar disso, a série continua a capturar a essência das campanhas improvisadas de Dungeons & Dragons e o caos que tende a alimentá-las. O que acontece é que esta temporada tem muito mais enredo para contar, e o roteiro se adapta para apresentar uma narrativa mais restrita, onde cada cena possui propósito.
O resultado é que o enredo avança com mais tranquilidade e os arcos dos personagens se desenvolvem melhor. Além disso, nessa temporada somo apresentados à vários locais, dezenas de novos personagens secundários. Temos aqui situações individuais quando os grupos se separam e possuem suas histórias pregressas se tornando relevantes no grande todo desse universo.
O resultado, apesar de um tom de conveniência sempre pairar no ar, é um verdadeiro épico de fantasia, com uma grande missão, grandes repercussões, e vilões que parecem invencíveis. Quem já gostou da primeira temporada não nada a reclamar aqui novamente. Tudo está de volta, do tom à diversão de procurar nas ações em tela as estratégias de gameplay, e mesmo a imprevisibilidade de uma história criada de forma interativa, por isso mais é uma boa pedida.