Crítica | Invencível – 3ª Temporada (2025)

A terceira temporada de Invencível marca um novo momento para a série. O que começou como uma sátira dos quadrinhos de super-heróis, cheia de violência extrema e exagerada, agora se consolida como uma produção madura, capaz de equilibrar ação, desenvolvimento de personagens e temas profundos. Se antes o gore chamava mais atenção do que a narrativa, agora a trama se expande de forma consistente, construindo um universo cada vez mais complexo.

O Crescimento da Série e os Caminhos da Nova Temporada

Desde o primeiro episódio, fica claro que Invencível está preparando terreno para algo maior. A conclusão da Guerra Invencível, a chegada do vilão Conquista e a promessa da Guerra Viltrumita deixam a impressão de que essa temporada foi apenas um aquecimento para o que está por vir.

Mesmo os leitores dos quadrinhos, que já conhecem os desdobramentos da história, certamente foram surpreendidos por uma nova adição ao enredo: a presença de um reino infernal, presente em uma das cenas finais da temporada. A menção a Mark possivelmente sendo corrompido pelo próprio diabo levanta questões intrigantes sobre seu futuro e como isso pode afetar suas decisões e o que parecia ser apenas uma jornada de amadurecimento agora ganha tons mais sombrios, com dilemas morais que vão além da luta contra viltrumitas.

Outro destaque foi o desenvolvimento de Oliver, o meio-irmão de Mark, que, por ser de uma espécie alienígena diferente, envelhece rapidamente. A dinâmica entre os dois adiciona mais camadas ao protagonista, ampliando seus dilemas e tornando seus conflitos ainda mais intensos.

Expansão do Universo e Personagens Secundários

Se a trama principal cresce, o mesmo acontece com os coadjuvantes. Personagens como Rex (Jason Mantzoukas) e Allen, o Alien (Seth Rogen) recebem mais tempo de tela, reforçando a ideia de que o perigo não está apenas no círculo principal, mas espalhado por todo esse universo. Há que se elogiar isso, pois trás realidade e organicidade ao mundo ficcional.

A relação de Mark com Cecil (Walton Goggins) também se torna mais complicada. Antes uma figura de apoio, Cecil agora representa um obstáculo, preocupado com a possibilidade de Mark seguir os passos de seu pai. O protagonista precisa equilibrar sua identidade como herói, seus princípios morais e as pressões externas que o cercam.

O Futuro de Invencível

A terceira temporada fecha seu arco de maneira impactante, mas sem dar respostas definitivas. A série segue crescendo e se expandindo, prometendo novas reviravoltas e desdobramentos surpreendentes na quarta temporada. Com um vasto material dos quadrinhos ainda a ser explorado e a possibilidade de mais inserções originais no roteiro, Invencível tem potencial para continuar relevante por muitas temporadas.

Se a série continuar nessa trajetória, mantendo sua qualidade e ousadia, o futuro de Invencível será tão promissor quanto seu próprio protagonista.

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