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Alerta de Spoilers – Peacemaker (1×04)

Este texto contém spoilers. Repetindo, SPOILERS
Caso você não tenha lido o título

Se por um lado, “Peacemaker” está tirando o sono de produtores da Warners Bros pelo baixos números de audiência (sempre em comparação com a concorrente), por outro lado está entregando para James Gunn mais um sucesso de crítica em sua carreira que cada vez mais se aproxima da absoluta consolidação.

Mas vamos com calma que esta série tem um desafio muito grande a enfrentar. Ainda não chegamos na metade do caminho, e algumas escolhas já parecem frágeis. Em um episódio feito para desenvolver os personagens, as tentativas de tornar o Pacificador e o Vigilante mais simpáticos não parecem merecidas e a reviravolta final não se destaca. Apesar disso, o carisma da equipe ainda mantém a série divertida

Heróis não matam…

Um caminho que a série parece obrigada a tomar (e seria bom se coubesse aqui alguma subversão) é humanizar seu protagonista. Todo esse episódio foi sobre isso. Focando na temática de escolhas difíceis, a série surfa entre a gag e o desenvolvimento do elenco.

Depois de sondar o Pacificador, que hesitou em matar uma família inteira, Murn promete finalmente explicar o que são as borboletas em uma reunião naquela noite. Apesar disso, os erros acumulados explodem e o justiceiro descobre que seu pai está preso.

Peacemaker

Nesse momento, temos umas boas alfinetadas na extrema direita americana. Vincular o vilão supremacista aos delírios conspiratórios de Trumpistas é um acerto em cheio. Mesmo assim, de novo, parece ser um caminho fácil, como veremos a seguir.

Por fim, e contra a vontade do resto da equipe, o Pacificador vai visitar o pai na prisão, e acaba lhe contando detalhes sobre sua missão. Numa decisão impensada, e sem ter certeza se ela está preparada para esta linha de trabalho, Adebayo mostra que ela herdou parte do talento de sua mãe enquanto e manipula Vigilante a matar Auggie.

…exceto nazistas, podem matar nazistas

O caminho a seguir é tão satisfatório quanto fácil, como disse há pouco. Raramente temos personagens tãop abertamente detestáveis como vemos aqui. O Vigilante literalmente disse que tem prazer em assassinar pessoas.  Ou seja, temos aqui um grupo de pessoas detestáveis com os quais o roteiro quer nos conectar.

Por outro lado, eles estão na mira de um supremacista branco que está se movendo cada vez mais. Bem como, ele foi o responsável por ferrar a cabeça do nosso protagonista.  Não tem como ser pior que isso, certo? Certo.

E exatamente por isso, as camadas que os personagens ganham vão soando tão artificiais. Se esse arco funcionar de alguma forma, será graças ao carisma de John Cena.

A surpresa que a já se via na esquina

Praticamente esquecendo a trama das Borboletas em todo o episódio – salvo o fato de o Pacificador guardou uma delas eum um pote e levou para casa. O final da história nos reserva a revelação de que Murn é uma das criaturas, ou é controlado por uma delas.

Minha aposta, não será o único até o fim da temporada única. Mais interessante é uma fala do Mestre Judoka, em uma luta com o protagonista, antes de ser silenciado por um tiro da Addebayo (suspeito): “as borboletas não são o que você pensa”.

Então eles estão em guerra um com o outro? Buscando refúgio de uma ameaça maior. Similarmente, me lembrou de Starro. O que podemos esperar?

Assista na HBO Max.