Críticas

Crítica | Bohemian Rhapsody! Que filme!!

Que filme! É esse Bohemian Rhapsody(?)!

Antes de falar sobre atuação, roteiro, trilha sonora (que para mim, dispensa qualquer comentário), preciso falar sobre o principal motivo desse filme existir: provar ao mundo que Mike Myers, o saudoso Austin Powers, está vivo e atuando ainda.

O filme soube ser muito democrático em abordar a origem, ascensão, ápice e queda (podemos dizer assim) do Freddie e consequentemente da Banda Queen.

Origem, ascensão, ápice…sim, a jornada do herói é muito bem explorada nesse filme. Desde os primeiros 15 minutos do longa, você se prende ao perfil de Freddie (ou Farrokh Bulsara para a família). Você simpatiza sim, pelo “indiano” (assim chamado por todos antes da fama), que usa seu talento, sua voz e sua presença ímpar no palco para cativar.

O filme começa e termina no icônico show Live Aid. Pronto, já falei demais. Rami Malek, o Elliot de Mr.Robot (que se me permitem dizer, que série!), dá vida de uma maneira muito incrível ao vocalista do Queen.

A caracterização, ficou muito boa (ainda que eu ache que Sacha Baron Cohen ficaria muito mais fiel), a ponto de me fazer chorar em diversos momentos do filme. A última vez que chorei no cinema, foi quando lembrei de ter pago mais de 20 reais para assistir ao filme do Thor.

A direção, o roteiro e a fotografia, foram fodas! Falo palavrão mesmo, ainda estou com
o espirito do Rock and Roll, mesmo tendo assistido ao filme 4 dias atrás.

A trilha sonora costurou o roteiro e foi totalmente pertinente com todos os momentos da vida de Freddie e do Queen, como se as cenas dessem vida e mais sentido as músicas, ou como se as músicas realmente fossem um personagem vivo, que ajudou a banda a tomar inúmeras decisões importantes durante sua trajetória.

Mike Myers, vivo, atuando e fazendo um cosplay do Igordão depois de uma cirurgia bariátrica, dá vida a um personagem que tem uma das melhores piadas visuais do filme (que não vou contar). Ele foi o empresário que dispensou o Queen após ouvir a música que da nome ao filme “Bohemian Rapsody”, dizendo que uma musica de 6 minutos não faria sucesso. Que ótima decisão, hein! Ta de parabéns champs.

A maneira em que a bissexualidade e até mesmo o momento em que Freddie descobre que está contaminado com o vírus da Aids, é de uma sutileza sem tamanho.

O mais surpreendente, é a Fox ter conseguido fazer uma legitima jornada do herói em um filme biográfico de uma banda de rock, e não consegue entregar isso nos filmes dos X-Men.

De 0 a 10? Dou 11 para esse filme. Agradeço a todos os envolvidos. Aquele pingo de esperança que grandes blockbusters não precisam ter um selo da Marvel ou da DC no início do filme.