Crítica | 1922
Definitivamente esse é o ano para as adaptações das obras de Stephen King, mas isso não quer dizer que todas elas são um sucesso. It: A coisa foi definitivamente um sucesso, mas a Torre Negra e o Nevoeiro decepcionaram bastante. 1922 é a adaptação de um conto, e felizmente nos trás uma boa história apesar de alguns deslizes, como vamos conferir agora.
1922 apresenta uma trama muito simples, somos apresentados a uma família simples que vive no campo e tira seu sustento das terras, aliás as terras são a base do conflito da família. A apresentação dos personagens é perfeita, conseguimos rapidamente entender a personalidade de cada um dos membros e isso ajuda bastante o entendimento da trama, A primeira metade do filme é sem dúvidas o ponto alto, é tão envolvente que você não conseguirá dar pausa até a morte de Arlette, interpretada por Molly Parker com uma atuação muito firme. O conflito da família se dá por conta da venda das terras que pertencem a Arlette que pretende vende-las e ir embora para a cidade, Wilfred(Thomas Jane) seu marido e Henry(Dylan Schmid) seu filho não concordam com a ideia de vender as terras. Wilfred começa a manipular seu filho para seguir seu plano de assassinar Arlette. Os dialogos entre pai e filho, os olhares, a tensão na casa, tudo isso transmite muita verdade e deixa a tensão realmente a flor da pele.
Depois de muita persuasão Wilfred convence Henry e os dois assassinam Arlette, esse é o momento de transição para a parte final do filme, e acaba sendo muito arrastada, mas isso não significa que seja ruim, muito pelo contrário. A policia desconfia e faz uma visita a propriedade, Wilfred e Henry tem que sacrificar uma vaca para cobrir o corpo de Arlette que foi jogado no poço, Além de mostrar a frieza dos dois,a cena trás um momento de suspense, na torcida de que o corpo de Arlette seja encontrado, fato que não acontece.
Daí pra frente acompanhamos o arrependimento de Wilfred o levar a loucura, os ratos no corpo de Arlette o deixam perturbado. As alucinações deixam ele apavorado, ratos, o corpo da esposa o perseguindo. A grande sacada é a dúvida, Wilfred está alucinado ou realmente sua esposa o assombra?. Não espere por sustos nesse filme, talvez algumas surpresas, a certeza é que não se arrependerá do que verá: Umas das melhores adaptações de uma obra de Stephen King.
1922 – Nota: 8
Direção: Zack Hilditch
Elenco: Thomas Jane, Thomas Jane , Neal McDonough , Molly Parker , Dylan Schmid , Kaitlyn Bernard , Brian d’Arcy James , Bob Frazer.
Confira o trailer abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=q6v1mDCKgjk