Crítica| A Mulher Rei
A Mulher Rei grande épico histórico de ação e drama da Sony Pictures finalmente chega aos cinemas essa semana trazendo consigo não somente um potente filme mas uma história contata por uma outra perspectiva o das mulheres guerreiras amazonas de Daomé lideradas pela maravilhosa Viola Davis.
Viola Davis a líder, a protagonista que abre caminho para o brilho de cada um do elenco
Que Viola Davis já provou e continua provando cada vez mais ser uma atriz fenomenal acredito que seja unanimidade e ainda mais com atuações maravilhosas que com garra, talento e perseverança a consagraram no hall da elite de Hollywood com diversos prêmios como Oscar, Emmy, Tony e tantos outros pelo mundo afora, agora ela além de protagonista também é produtora deste belíssimo filme
Viola sabe muito bem que o caminho a chegar até aqui não foi fácil mas como uma líder nata e inspiração para tantas outras pessoas principalmente a representatividade e visibilidade negra, ela com a sabedoria e responsabilidade lidera e abre mais portas e caminhos para um futuro cada vez mais promissor para novos jovens talentos com A Mulher Rei
Ela é Nanisca a líder das guerreiras Agojie de Daomé/Dahomey uma tribo onde agora se situa o Benin no continente africano uma unidade de força onde as mulheres tem treinamentos intensos e lutam bravamente para proteger o reinado e que serviram de inspiração para as Dora Milaje, as forças especiais femininas de Wakanda/Pantera Negra
Viola entrega uma personagem com muitos ideais de várias mulheres que a inspiraram a compor a sua Nanisca em uma só, Nanisca tem suas complexidades mas também é uma força potente fato também mencionado na entrevista coletiva a qual pudemos participar
Apesar de ser a protagonista do filme Viola estende a mão e que de fato ajuda a abrilhantar as atuações do elenco como um todo e principalmente de 3 personagens igualmente fantásticas no filme que no caso são Izoguie ( Lashana Lynch), Nawi ( Thuso Mbedu) e Amenza (Sheila Atim) põe em pé de igualdade a atuação de Viola
Sinopse:
A Mulher Rei é uma história memorável da Agojie, uma unidade de guerreiras composta apenas por mulheres que protegiam o reino africano de Daomé nos anos 1800, com habilidades e uma força diferentes de tudo já visto. Inspirado em eventos reais, A Mulher Rei acompanha a emocionante jornada épica da General Nanisca (a atriz vencedora do Oscar® Viola Davis) enquanto ela treina uma nova geração de recrutas e as prepara para a batalha contra um inimigo determinado a destruir o modo de vida delas.
Filme de Ação e com “fator histórico”
O filme tem grandiosas batalhas além de contar um pouco mais da cultura africana daquela região e naquela época e com um ótimo roteiro de Dana Stevens( Cidade dos Anjos, Um Porto Seguro) e com uma direção segura e competente de Gina Prince-Bythewood ( The Old Guard, a vida secreta das abelhas, além dos limites) além de uma direção de fotografia lindíssima de Polly Morgan( Um lugar silencioso II, um lugar bem longe daqui)
De fato existem muitas histórias ao redor do mundo que não foram escritas e até mesmo raramente mencionadas em fatos históricos, livros e contadas para milhares de pessoas como se mostra a história das guerreiras Agojies ou da tribo Daomé até mesmo a própria Viola Davis informou que até a pré produção do filme em 2018 desconhecia e até mesmo foi surpreendida pela existência das guerreiras Agojies que até então ela achava existir somente as amazonas gregas, muitas histórias foram contatas pelo boca a boca, pelos contadores de história e não tiveram as suas menções devidas na parte escrita e histórica por assim dizer mas que não deixam de ser verdade
Me parece ser uma história que até então estava esquecida e “morta” mas que foi revivida e contata de uma forma honrosa e merecidamente
Apesar desse fator ele se mostra mais um filme de ação mas que com o conteúdo histórico trás a curiosidade por se conhecer mais um pouco sobre ele
O Brasil no meio disso tudo
O Brasil foi representado por 2 traficantes de escravos que devido aos atores não serem brasileiros tem um sotaque bem sofrível de um português de Portugal, mas que foi inserido devido ao país infelizmente historicamente ser um dos que mais trouxe escravos africanos para cá um número absurdo e gigante de mais de 5 milhões de pessoas escravizadas.
Enquanto as mulheres no filme tem grande atuação o elenco masculino por outro lado deixa a desejar até mesmo John Boyega que tem trazido grandes atuações tem em um rei Ghezu uma atuação abaixo do esperado
Apesar de ser um filme longo ele não é cansativo e fique até o final pois o filme contém uma cena pós crédito muito bonita