Crítica – A primeira morte de Joana
Joana é uma adolescente que vive numa pequena cidade no litoral na região Sul do Brasil. Um dia ela tem a primeira morte na família e isso é o ponto inicial para o sensível filme A Primeira Morte de Joana. Que está dentro da mostra competitiva do Festival de Gramado
O filme teve sua estreia em um dos festivais de cinema mais tradicionais da Ásia o International Film Festival of India (IFFI)
A primeira morte de Joana
Joana (Letícia Kacperski) começa a fazer questionamentos típicos da idade enquanto grandes hélices de energia eólica estão sendo construídos próximo a rodovia da cidade onde mora com a família.
O filme começa com Joana indo no velório da tia-avó irmã de sua avó materna. Joana começa a se perguntar e questionar os outros o motivo da tia nunca ter tido um único namorado. Ao bater de frente com os valores da comunidade em que vive, ela percebe que todas as mulheres da sua família guardam segredos.
Sua melhor amiga Carol (Isabela Bressane) é uma menina mais viajada com uma mente mais aberta e que já morou um tempo na Alemanha com a família. Junto as duas vão tentar descobrir mais sobre a história dessa tia.
Enquanto também começam a entrar no mundo da puberdade, onde tem mais reflexões e questionamentos que irão levar ela ( Joana) a se descobrir melhor o que gera conflitos na família e dentro da escola onde vivem.
Veja o trailer
A diretora Cristiane Oliveira consegue trazer sensibilidade para falar da morte sem ser pesado, sobre tempos de verão, bullying, família e quem sabe a descoberta de um primeiro amor.
O filme se passa no ano de 2007 a estética e a fotografia são bonitas e com isso de uma certa maneira acabam lembrando de outro filme brasileiro “hoje eu não quero voltar sozinho”
É um filme bonito e sensível mas que poderia se aprofundar mais sobre as histórias dos personagens e que também poderia ter um pouco mais de trilha sonora para dar mais vasão a história.