Crítica | Jogador N°1
Jogador N°1 estreou semana passada nos cinemas e está fazendo o maior sucesso, sendo a segunda maior estreia do ano!
Jogador N°1 é um filme de Steven Spielberg, baseado no livro homônimo do autor Ernest Cline, em que o ano é 2045 e existe um jogo de realidade virtual chamado Oasis. O criador do jogo morre e deixa uma mensagem de que agora há 3 desafios para conseguir 3 chaves que levarão a um easter egg do jogo, e quem encontrá-lo herdará todas as ações e controle de Oasis.
Como a vida real em 2045 é precária e a população foge da sua realidade dentro do jogo, o número de pessoas atrás das chaves é surpreendente. Entre elas, está Wade Watts (Tye Sheridan), um adolescente que vive numa espécie de favela futurística. É ele quem consegue a primeira chave com o seu avatar Parzival e toda a trama do filme se desenrola a partir daí.
Considerações
O filme mistura com maestria a realidade com a computação gráfica e está tão cheio de referências que é impossível não vibrar na cadeira ao reconhecer as suas favoritas. As referências vão desde jogos atuais a animações, filmes e jogos dos anos 80. Mesmo que você não seja fã de algum nicho, é impossível sair do cinema sem reconhecer pelo menos uma. Agora, se você for uma pessoa que nasceu entre os anos 80 e início dos 90, se prepare, são tantas referências que você não vai conseguir nem contar!
Jogador N°1 também consegue fazer críticas sociais da nossa realidade, ao mostrar o afastamento entre as pessoas no mundo real e cada vez mais a sua imersão no mundo digital. Também nos mostra até onde as pessoas são capazes de chegar pela ganância, ao ponto de interferirem na vida dos outros fora do jogo, fazendo de tudo para conseguirem as chaves e, assim, a fortuna que vem junto com o easter egg.
As sequências de ação do filme são frenéticas e em nenhum momento o filme se torna cansativo. A trilha sonora é uma obra à parte, com músicas compostas por John Williams e Alan Silvestri. O filme tem algumas partes previsíveis, mas em momento nenhum isso diminui a diversão.
Termino esse texto dizendo que o filme foi um encaixe perfeito entre nostalgia e atualidade, e já está na lista dos melhores do ano!
Ficha Técnica
Direção: Steven Spielberg
Elenco: Tye Sheridan (X-Men: Apocalypse), Olivia Cooke (Bates Motel), Ben Mendelsohn (Rogue One: A Star Wars Story), Lena Waithe (Master of None), T.J. Miller (Deadpool), Philip Zhao, Win Morisaki, Hannah John-Kamen (Star Wars: The Force Awakens), Simon Pegg (Star Trek) e Mark Rylance (Ponte de Espiões, Dunkirk).