CRÍTICA LILO, LILO, CROCODILO
Baseado na série de livros best-seller de Bernard Waber; “Lilo, Lilo, Crocodilo” é uma comédia de aventura em live-action / CGI que traz o amado personagem para uma completamente nova audiência global.
Quando a família Primm (Constance Wu, Scoot McNairy, Winslow Fegley) se muda para Nova York, seu filho Josh tem dificuldades para se adaptar à nova escola e novos amigos. Mas tudo isso muda quando ele encontra Lilo, um crocodilo cantor (Shawn Mendes) que adora tomar banho, caviar e boa música; morando no sótão de sua nova casa. Os dois logo se tornam os melhores amigos, mas quando a vida de Lilo é ameaçada pelo malvado vizinho Sr. Grumps (Brett Gelman), os Primm precisam se unir ao carismático dono de Lilo, Hector P. Valenti (Javier Bardem), para mostrar ao mundo que uma família pode se formar nas circunstâncias mais inesperadas e não tem nada de errado em um grande crocodilo cantor com uma personalidade ainda maior.

LILO, LILO, CROCODILLO
(para cantar com o coração aberto)
Em todo bom filme infantil (ou pelo menos boa parte deles) tem de haver cenas musicais ou ter pelo menos uma cena onde o personagem principal canta, e Lilo, Lilo, Crocodilo é uma mistura de filmes infantis, que por sorte é bem dosado, pelo menos até o inicio de seu 3º ato onde tudo se resolve de forma rápida, fácil e preguiçosa pois afinal é um filme infantil e não daria para esperar um final muito fora disso.
Começando pelos destaques, Shawn Mendes se sai muito bem na ótima dublagem que faz do Crocodilo, mas impossível não dizer que o Hector (Javier Bardem) não rouba a cena, pois é notável que em certos momentos do filme o personagem dele está fora de cena pois atrai muita atenção para si o que condiz com a sua profissão de mágico/dançarino/ cantor no filme, os outros atores parecem em muitos momentos estarem sem química um com o outro o que pesa para a família cujo abriga Lilo, da para ver que eles não sentem de forma alguma o fato do Crocodilo ser feito de CGI pois as interações funcionam muito bem e, inclusive, da para se dizer com tranquilidade que de fato o filme funcionaria bem apenas com Lilo e Hector com a família apenas sendo coadjuvante dos dois e não Hector sendo uma persona presa a eles de certo modo.
O ator Winslow Fegley (Josh Primm) não convence e tem uma atuação muito abaixo do esperado com exceção de suas interações com o protagonista cujo nem parece que Lilo é um mero CGI, mas para o todo o resto ele parece ter dificuldade para se expressar ou não faz o mínimo esforço já pensando que é um filme direcionado para crianças e o mesmo parece não querer criar simpatia nem mesmo com elas, conseguindo ficar abaixo até de seu colega de cena, e seu Pai no filme o Sr. Primm (Scoot Mcnairy) e o único destaque da família é a Sra. Primm (Constance Wu) que mostra e passa para nós a magia que o Crocodilo traz para sua vida, afinal é aquele famoso conto da família que tem o bichinho de estimação mágico e isso muda suas vidas.
Lilo, Lilo, Crocodilo vem para cantar com o coração aberto, e é um bom filme para os pais que tem um coração e mente aberta para ver filmes com seus filhos, as músicas de fato valem muito a pena e casa em todas cenas nunca entrando sem um bom motivo para os personagens, contudo, como adaptação que é dos livros best-seller de Bernard Waber ele até funciona mas com a chegada do terceiro ato usa das formulas repetitivas de Hollywood para o gênero e deixa tudo raso e resumido, tudo em busca do final feliz.