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Entrevista Dan Ferreira – o Rafa de A Porta ao Lado

A Porta ao Lado novo filme nacional estreia essa semana nos cinemas confira a nossa entrevista exclusiva com o ator Dan Ferreira

Baiano arretado que está em ótima atuação no filme interpretando Rafa, marido de Mari personagem de Leticia Colin

Tem no currículo novelas e filmes como Malhação, Geração Brasil, Medida Provisória, Amor de mãe, Pixinguinha um homem carinhoso. sobre nossas cabeças e alemão 2

Dan além de ator é cantor e compositor lançou recentemente seu novo álbum ILÁ

Créditos a primeira foto Wendy Andrade

 

Rafa – A Porta ao Lado

  1) Dan, o Rafa é um personagem bem complexo com o machismo e sendo controlador a todo momento sendo muito evidentes ao mesmo tempo que ele é cativante como foi interpretar um personagem com essas nuances e tão presente na sociedade? seria o relacionamento da Mari e do Rafa um relacionamento tóxico ou moldado por uma sociedade machista em que os homens desvalorizam as mulheres?

DF: Eu acho que o trabalho do ator é humanizar seus personagens. O Rafa é um personagem real, que está entre nós. Nada impede que uma pessoa que seja boa praça, sociável, querida, não reproduza comportamentos machistas por estar inserido em uma sociedade machista/patriarcal. Então, eu acho que uma coisa não é inerente à outra. E eu acho que um relacionamento, a partir do momento que não se desenvolve um senso crítico sobre a reprodução desses estigmas machistas, se torna tóxico. Assim como o Rafa, muitos homens caem na ilusão de que ao dar uma vida confortável para a sua companheira, proporcionar prazeres materiais, estão valorizando a sua relação, sem escutar e dialogar sobre os quereres reais do seu companheiro. Então, é um relacionamento que desvaloriza a partir do momento em que não se estabelece um diálogo sobre os anseios e quereres dessa relação e da sua companheira.

Debatendo sobre amor e relacionamentos

  2)O filme fala sobre relacionamentos, sobre amor e sobre as formas de amar sendo que atualmente existem muitos rótulos sobre isso desde como amar, quem amar por quem amar, sobre traições e claro sobre liberdades de escolhas, o filme ajuda a desmistificar e debater mais sobre como e quando falamos sobre amor?

DF: Eu acho que um dos trunfos desse filme é trazer a reflexão. Trazer mais do que respostas, ainda mais perguntas, que vão causar reflexão e vão desaguar no diálogo. Eu acho que o valor pra toda e qualquer relação, independente de como ela é rotulada, é o dialogo, a transparência, o acordo que foi estabelecido com o consentimento das partes ali envolvidas. Eu acho que, independente dos rótulos, o valor do diálogo, da transparência, da verdade de cada um de nós e do casal é o que mantém uma relação duradoura saudável ou não.

 

  3)Antigamente se casar por amor verdadeiro não era uma constante, mas duradouro. mesmo tendo diversas traições Já nos tempos atuais viver muitos amores ou paixões intensas, mas que por muitas vezes são passageiros. A máxima que seja eterno enquanto dure é mais válida do que o amor infinito?

DF: Eu acho que o amor verdadeiro dispensa rótulos e é infinito porque é mutável. O amor é um dos poucos sentimentos que se transforma, e por isso ele é eterno. Porque o que se transforma permanece ali, tipo a água – que pode ser gasosa, líquida, sólida, mas não deixa de ser água. Acho que o amor é isso. O amor de verdade é mutável e dispensa rótulos. Amor é amor.

Pergunta nerd: poderia deixar uma mensagem para os seguidores do Nerd Tatuado convidando a assistir o filme e indicar um filme, uma série e um livro?

Karen Araki

Nerd baixinha sem tatoo, apaixonada e entusiasta da cultura pop, ama tanto cinema como livros, série e tv.