Cinema

GUARDIÕES DA GALÁXIA VOL. 2 – Crítica sem spoilers


Divertido e emocionante, Guardiões da Galáxia Vol. 2 é o filme que todos precisam ver.

Desde 2008 quando começou seu famoso Universo Cinematográfico a Marvel Studios vem lançando um sucesso atrás do outro, que facilmente caem no gosto do público e dos fãs novos e antigos dos quadrinhos. Destes muitos sucessos, um parecia improvável: Guardiões da Galáxia, lançado em 2014, dirigido pelo desconhecido James Gunn e protagonizado por um grupo de “heróis” que nem nos quadrinhos figuravam entre os mais populares da editora. Porém, graças a boas atuações, humor afiado e várias referências oitentistas, Guardiões da Galáxia não só foi um sucesso de bilheteria e público como se tornou um dos filmes favoritos dos fãs da Casa das Ideias.

E essa semana chega ao Brasil a tão esperada sequência desse sucesso: Guardiões da Galáxia Vol. 2, e tudo que é preciso dizer desse filme é que ele consegue ser ainda melhor que o primeiro.

Guardiões da Galáxia

James Gunn parece estar mais à vontade neste filme. O diretor e roteirista, que está sempre presente nas redes sociais, desenvolveu um bom relacionamento com o público e caiu nas graças da Marvel Studios recebendo assim, mais liberdade criativa. Como resultado, nos entrega um filme maior, mais engraçado, mais profundo e ainda mais cheio de referência dos Anos 80.

Desta vez vemos Peter Quill, o Senhor das Estrelas (em mais uma ótima atuação de Chris Pratt), em conflito consigo e com os demais quando finalmente encontra-se com seu pai biológico Ego, o Planeta Vivo (Kurt Russel que em toda sua experiência nos entrega uma atuação muito convincente). Mas engana-se quem pensa que o filme está centrado nos problemas pessoais de Quill. A maior qualidade de Guardiões da Galáxia talvez seja os outros personagens tão carismáticos quanto seu protagonista. Neste filme cada um vive um drama pessoal, uma situação conflito que deverá ser resolvida ao longo da história, sem que isso seja tratado de maneira superficial ou piegas ao longo da trama, ao contrário, o roteiro é bem denso, dramático na medida certa e o protagonismo do filme é dividido entre todos seus personagens, mesmo os mais novos como Mantis e Ego, ou aqueles que pareceriam mais irrelevantes como Yondu (que rouba a cena e é, sem dúvida, o melhor personagem do filme).

Outra característica de Guardiões da Galáxia são as referências culturais da década de 80. Aparelhos, jogos, séries, personagens, jargões e, claro, a trilha sonora, tudo no filme nos leva a uma nostalgia oitentista, embora os mais novos talvez precisem de um pouco de contexto.

Os fãs mais ávidos da Casa das Ideias vão se deliciar com os easter-eggs, as referências e as aparições surpresas de personagens clássicos dos quadrinhos, além de verem Stan Lee em um dos seus melhores cameos. As cinco cenas pós-créditos abrem uma porta imensa para o futuro dos personagens e você vai sair da sala cheio de especulações e teorias.

Em resumo, Guardiões da Galáxia Vol. 2 é mais um grande acerto da Marvel Studios, um filme que diverte muito e emociona ainda mais. Ao final do filme, você não se sentirá mais um estranho diante de personagens desconhecidos, mas será como Drax diz: parte da família! Bom divertimento!

anderson goncalves

Filósofo, professor, cinéfilo, colecionador, sarcástico profissional e nas horas vagas roteirista. Guarulhense, católico que acredita no poder da Força, gosta de viajar fisicamente e em seus devaneios e paranoias. Minha capacidade para ser feliz poderia ser colocada numa caixa de fósforos, sem tirar os fósforos antes.