Críticas

O Pior Vizinho do Mundo – Crítica do filme

O Pior Vizinho Do Mundo
(Tom Hanks, você fez de novo!)

Sinopse: Otto Anderson é um viúvo rabugento cuja única alegria provém de criticar e julgar os seus exasperados vizinhos. Quando uma energética jovem família torna-se a sua nova vizinha, Otto conhece a perspicaz e grávida Marisol, que demonstra estar à sua altura. Daqui nasce uma amizade que irá virar o mundo de Otto de cabeça para baixo. Confira o trailer abaixo:

 

Tom Hanks emociona mais uma vez e se prova dono dos filmes confortáveis

Se Tom Hanks se aposentasse hoje, e você olhasse para sua carreira, me diga, há um filme ruim deste homem?

 

 

 

Em mais um emocionante longa, o ator desta vez nos traz uma nova, velha mensagem que quando passada por ele e um de seus filmes parece sempre ter um valor a mais, pois é incrível como o mesmo consegue nos tocar como ser humanos de forma tão precisa e delicada é como se, Hanks soubesse o que aquelas pessoas que estão o vendo em tela estão passando, sabe que elas precisam de algo para aquecer seus corações, para lhes fazer chorar um pouco e então, neste exato momento que ele traz seu talento a tona.
Inspirado no livro mais vendido do New York Times, temos aqui um tipo de melodrama com uma comédia leve, na medida certa, diálogos para nos fazer pensar em certos pontos de nossa vida e claro, emoção de todo tipo do começo ao fim.

 

Impressiona o como Tom muda da água para o vinho, sua versatilidade em atuar sempre mostrada e aqui não é diferente, ao contrário de ´´Um Lindo dia na Vizinhança“ aqui eles nos traz um senhor, Otto, minimamente detestável para se conviver, pelo menos para aqueles que chegam recentemente em seu bairro. Marisol (Mariana Treviño) por outro lado é a pessoa que todos queremos ter na vida, e é de forma deliciosa que acompanhamos as interações dela com Otto (Tom Hanks) ambos carregando o filme sem peso algum nas costas, sem precisar de auxílios mas ainda assim, tendo ali consigo suas duas ajudantes, as pequenas filhas de Mari que também são tão estupendas quanto a Mãe em suas cenas.

 

O Diretor Marc Forster ( O Caçador de Pipas e Guerra Mundial Z) tem um papel fundamental, pois todas as ambientações, cenários delicados e cenas bem trabalhadas de forma a atingir o espectador o máximo possível dão resultado, e a fotografia do filme tende a uma sintonia de cores a te deixar de guarda baixa aos fortes golpes emocionais que o filme tem para te dar.
Mesmo que a escalação de Hanks tenha sido previsível tendo em mãos seus papéis de bom moço que encantam e afetam o público que o assiste e os personagens a sua volta nos filmes, ainda sim, esse é o verdadeiro charme do filme, pois durante o processo clichê, temos uma recuperação desde o velho ranzinza até o tio da galera, e isso parte de sua esposa também ( Rachel Keller) que mesmo morta está sempre onipresente na vida de Otto.

O Roteiro de David Magee (A escola do bem e do mal) é o que dá a grande sintonia, e faz até com que seu elenco consiga trabalhar de forma segura a conquistar todo público transformando a obra naquele filme de conforto bom para se ver em família nas telas.
Ao fim David e Marc conseguem orquestrar um enredo que tenta contar uma história diferente passando algumas lições clichês já conhecidas em dramas de perdas familiares, mas conseguem dar um valor diferente a perda, luto, superação e continuar vivendo com as pessoas a sua volta e tudo isso com grande elenco de apoio em volta do nosso grande protagonista Otto, no resumo só conseguimos sair do cinema dizendo ´´Tom Hanks, você fez de novo!“ enxugando nossas lagrimas.

 

 

Luiz Eduardo

Cinéfilo Nerd, velho de jovem, com indicações peculiares para vocês, tentando tatuar um pouco de cultura de todo tipo em todos.