Críticas

Crítica- No Ritmo da Vida

No Ritmo da Vida (Jump, Darling) tinha um grande potencial de ser um filme com uma história envolvente com um drama familiar e ainda com temática LGBTQIA+ mas peca e muito em não conectar e desenvolver uma narrativa que ligue os protagonistas.

No Ritmo da Vida

É um filme canadense do diretor e roteirista Phill Cornell com a maravilhosa e saudosa Cloris Leachman ganhadora do Oscar e também conhecida do público em geral por diversos personagens tais como a vovó da Família Buscapé que sempre passa na sessão da tarde.

O trailer e mesmo a sinopse do filme enganam muito ao telespectador que queira ver o filme. Tanto no trailer quanto na sinopse vemos um Russell que está em busca de se reencontrar depois que seus sonhos não se concretizam ainda somados com o rompimento de um relacionamento de longos anos.

Ele então decide ir até sua avó Margaret (Cloris Leachman) pegar o carro dela e meio que viajar sem rumo. E descobre que ela está precisando de ajuda devido a idade e também aos problemas de demência e o medo da mesma de ir para uma casa de repouso para idosos.

O trailer da a entender que teremos uma road trip de neto com a avó e uma maneira de reconectar os dois, porém isso não acontece eles ficam estagnados na pequena cidade onde a avó vive.

Veja o trailer

Duas histórias que não se conectam

O filme foca bastante em Russell (Thomas Duplessie) e no desejo dele de ser uma drag queen de sucesso. Ainda que as cenas das apresentações dele como Fishy Falters sejam muito bonitas, bem coreografadas e com boa maquiagem ,além de também apresentar uma boa trilha sonora, Se no caso fosse só uma história dele seria um bom filme;

Gostaria de ter visto bem mais do desenvolvimento da personagem Margaret pois todos os momento que ela aparece o filme ganha mais brilho. A história do neto e a história da avó parecem andar separadas e o que poderia ser uma conexão entre eles parece muitas vezes ser inexistente.

Infelizmente não a química entre eles. Russell muitas vezes parece ser bem egoísta, sem noção e sem empatia tanto com a avó quanto com a mãe que aceitam bem o fato dele ser gay mesmo em uma cidade pequena

Alguns clichês e estereótipos são vistos no filme

Uma coisa que me incomodou também foi que a direção não me parece segura seja pela narrativa falha como também teve muitos momentos em que a câmera tremeu bastante e saia de uma cena para outra de uma forma abrupta.

Phill Cornell tem bons momentos na direção principalmente nas das apresentações de Russell como drag queen ele poderia ser um diretor mais de videoclipes e curtas mas ainda precisa se desenvolver melhor em longas o roteiro tem muitas falhas e mesmo que tenha grande nome no elenco como Cloris Leachman não se sustenta

No Ritmo da vida chega aos cinemas no dia 3 de Março  pela A2 filmes

 

Karen Araki

Nerd baixinha sem tatoo, apaixonada e entusiasta da cultura pop, ama tanto cinema como livros, série e tv.