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Vozes e Vultos não é dos melhores, mas surpreende!

Nunca fui fã de filmes de terror, dando sempre preferência aos de suspense NO MÁXIMO!! Porém, quando você acompanha o trabalho de determinada atriz, lá está a gente na frente da tela para conferir mesmo não querendo muito… Foi assim com o novo longa da Netflix Vozes e Vultos, estrelado por Amanda Seyfried. Ele não é dos melhores, mas consegue surpreender!.Diferentemente do também recente filme ‘À Espreita do Mal’ (que coisa ruim), os bons atores não são chamados para passar vergonha (rs rs). Até mesmo com típica história de casa mal assombrada, a atração da gigante do serviço de streaming nos mostra um enredo de sustos, que te prende em determinados momentos, esses bem importantes por sinal. Suas duas horas de duração não nos deixa depois a mercê da sensação de perda de tempo.

  

Amanda Seyfried que já tem sua carreira consolidada no estrelato de Hollywood, principalmente após a indicação ao Oscar 2021 de Melhor Atriz Coadjuvante pelo elogiado #Mank (nomeação essa não muito merecida, pois Lily Collins se destaca mais que Amanda na mesma produção), enfim, ela manuseia como carro-chefe o elenco que conta com parcerias interessantes em cena, a exemplo de James Norton, intérprete do misterioso marido da protagonista.

  

Catherine Claire (Amanda Seyfried) descobre em sequência do público que o esposo é uma verdadeira fraude, motivo esse que já estava levando aos poucos seu casamento a ruínas. A teia de mentiras é revelada mediante as atitudes trazidas pelo caráter nada confiável de George (Norton), o que leva o jovem casal a ter contatos com a jornada de espíritos que vivenciaram praticamente os mesmos dilemas conjugais.

   

A personagem principal é ajudada então pela alma do além da antiga moradora, que segundo relatos dos habitantes da comunidade, a mulher foi assassinada pelo companheiro. Para não trazermos spoilers escancarados por aqui, resumimos a trama indo direto para o fim digno literalmente de obra arte, já que tal é uma releitura da controvérsia pintura artística “O vale da sombra da morte”, inspirada nos salmos bíblicos cujo o pintor na vida real é George Inness (1825-1894).

Cheiro de referências como você pode observar nesta publicação, o roteiro de Vozes e Vultos não para por aí. Afinal uma das farsas do chefe de família, era justamente se dizer um talentoso desenhista, tomando posse do dom de seu primo falecido; maldade essa que Catherine joga na cara dele em uma das últimas discussões, ou se preferir, brigas dos senhores Claire – moradores de passagem rápida – daquela sombria e afastada residência.

 

J. Renato

José Renato: Publicitário, cristão, diretor teatral, roteirista, cineSérieMANIAco e criador de conteúdo.